Publicado por Redação em Notícia, Igreja e Sociedade, Internacional, Nacional, Banner - 11/10/2016 às 15:57:07

Ser menina no Brasil é pior que na Índia ou Síria

menina

Na véspera do Dia das Crianças brasileiro, também se comemora o Dia Internacional da Menina. Por ocasião da data, a organização internacional Save The Children divulgou um relatório que lista os piores países para uma menina viver. O Brasil foi avaliado de forma mais negativa do que o Sudão, Iraque, Índia e Síria, países com contante registro de violência contra a mulher. O relatório informa que o Brasil está na posição 102º, entre 144 países.

Na última posição (144) o relatório apresenta o Níger, como o país que oferece menos oportunidade para uma menina, enquanto o primeiro é a Suécia, oferecendo mais oportunidades. Já a Itália está em 10º lugar.

"Para a Save The Children, o Brasil, apesar de ser um país de classe média, convive com elevadas taxas de casamento e fertilidade infanto-juvenis, contribuindo para sua colocação no ranking. Além disso, a maior economia da América Latina registra baixos índices de escolaridade secundária entre as meninas", informa o texto da Agência ANSA Brasil.

Outros cinco pontos alarmantes do relatório, destacados pela agência de notícias:

- Em todo o mundo, uma garota com menos de 15 anos se casa a cada sete segundos;
- Mais de 1 milhão de jovens dessa faixa etária se tornam mães a cada ano;
- Meninas contraem matrimônio com homens muito mais velhos por causa da pobreza ou de normas discriminatórias;
- A cada 12 meses, 70 mil adolescentes entre 15 e 19 anos morrem por causas ligadas à gravidez ou ao parto;
- Outras 16 milhões colocam um filho no mundo a cada ano.

Nessa faixa etária, as complicações na gestação representam a segunda principal causa de morte, atrás apenas do suicídio. Além disso, 30 milhões de meninas em todo o planeta correm o risco de sofrer mutilações genitais ao longo da próxima década, e mais de um terço das jovens dos países em desenvolvimento está fora da escola ou do mercado de trabalho formal.

Em nível global, apenas 23% dos assentos parlamentares é ocupado por mulheres, sendo que o percentual mais elevado é em Ruanda (64%).

A linha editorial do Jornal Expositor Cristão explica que "Nossa iniciativa é buscar uma interação com o público e os projetos missionários e sociais que levem em conta a valorização e os direitos do ser humano", por isso em junho desse ano compartilhou a história da líder feminista, Theresa Kachindamoto , que anulou mais de 850 casamentos em Malawi, na África. De acordo com a jornalista Hanna McNeish, Theresa não se conteve ao visitar as casas por onde passava. “Ela ficou chocada quando viu meninas de até 12 anos com bebês e maridos adolescentes, e logo estava ordenando às pessoas que desistissem do casamento”, disse a jornalista que trabalha para o portal Aljazeera. Leia na íntegra.

Nosso site vem publicando constantemente as ações da Igreja Metodista pelo fim da violência contra a mulher, principalmente sobre as ações envolvendo a campanha #QuintaFeiraUsoPreto, que busca levar esclarecimento sobre o problema no pais. Confira.

Leia a publicação da organização Save The Children em inglês.
BAIXE O RELATÓRIO EM INGLÊS.

Redação EC
Com informações da Agência ANSA Brasil e Save The Children

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