Publicado por José Geraldo Magalhães em Última Edição - 05/07/2022 às 11:09:59

Tesouraria nacional apresenta relatório no 21CG

Tesoureira Nacional, Eizel Ladeia, apresenta relatório no 21º Concílio Geral. fot: Rodrigo de Britos.

Pr. José Geraldo Magalhães

Na manhã do dia 5 de julho, a tesoureira nacional, Eizel Ladeia, apresentou o relatório nacional que foi dividido por tópicos, a saber: Campanhas de Oferta Missionária (Oferta de Ação Social, Campanhas Emergenciais, Campanhas Pontuais); Doações Internacionais (Igrejas Parceiras e Projetos Beneficiados, Projetos Pontuais, Pareceres das Auditorias); Cotas de Participação Missionária (Cálculo das Cotas das Regiões, Distribuição e Aplicação das Cotas de Participação Missionárias das Regiões e Sede Nacional, Regiões Inadimplentes e seus desdobramentos); Aluguéis; Contas a Receber (Sede Nacional) Despesas (Sede Nacional); Evolução por Centro de Custo; Contas a Pagar (Sede Nacional); Bloqueios Judiciais e Angular Editora.

Oferta Missionária - nos anos de 2016 a2021 foram arrecadados por meio de campanhas nacionais mais de 2,7 milhões de reais. O valor foi distribuído da seguinte forma. 70% para as Regiões Missionárias do Nordeste e Amazônia 2,5 milhões e os outros 30% distribuídos entre Fundo emergencial, fundo de ação social, fundo de expansão missionária ecomunicação e marketing.

"Lembrando que o valor repassado para a Rema e Remne em 2016 foi de R$ 39.104,45 a mais do que o valor recebido, totalizando R$ 78.208,90. Essa foi uma decisão da COGEAM de repassar 35% sobre a expectativa e não sobre o realizado", diz o relatório.

Ação Social - Todos os anos, metodistas de todo o país se mobilizam para arrecadar doações que possibilitam a Oferta para Ação Social, atendendo projetos locais e regionais voltados para crianças, idosos e famílias em situação de risco. O objetivo é arrecadar uma grande doação nacional, para apoiar os projetos sociais selecionados pelas Regiões Eclesiásticas e Missionárias da Igreja, além de fortalecer projetos sociais de cada Igreja Local. Historicamente a campanha se inicia no terceiro domingo do mês de agosto, e segue até novembro, mês em que celebramos o Dia de Ação de Graças.

"A distribuição da Oferta de Ação Social ocorre no exercício posterior à campanha, exemplo: As doações recebidas em 2015 somadas ao percentual estabelecido da Oferta Missionária do ano corrente foram distribuídas em 2016 e assim sucessivamente. Os respectivos valores foram repassados para as Tesourarias Regionais", destacou Eizel.

Igrejas parceiras e projetos contemplados - Ao longo deste quinquênio foi grande o esforço da Secretaria de Vida e Missão juntamente com a Tesouraria e Contabilidade da Sede Nacional no sentido de mantermos as parcerias internacionais, isto, através de contínua apresentação de relatórios de atividades dos Projetos que receberam os investimentos e também no atendimento às exigências das Auditorias internacionais. O apoio das coordenações dos Projetos foi fundamental na apresentação de documentos e prestação de contas dos recursos recebidos e suas corretas destinações, sendo este o critério principal de análise das Igrejas Parceiras – a correta utilização dos recursos enviados a título de doação. A junta de Ministérios Globais enviou de 2016 a 2021 mais de 3 milhões para projetos que são auditados.

"Não temos nenhuma pendência com a auditoria", disse a tesoureira nacional, Eizel Ladeia. 

O total de recursos recebidos do exterior para projetos sociais chegou a 6,4 milhões.  Devido ao risco de bloqueios judiciais algumas ordens de pagamento não foram fechadas até o final de Dezembro/2021, mais seguro que ficassem aguardando o momento mais adequado para fechamento e repasse aos Projetos. "Devido à pandemia do CORONAVÍRUS a GBGM realizou a auditoria de 2019-2020 remotamente e até o final de 2021 não foi concluída. A respeito do Convênio Missionário, mantivemos neste período os convênios missionários com a Igreja da Alemanha através do envio dos Missionários Paulo Cunha e Ailton Machado para Moçambique para atuarem na Instituição de Ensino, enquanto que a Pra Genilma Boehler, através dos Ministérios Globais, exerceu a função de docente nas Instituições de Ensino na Costa Rica e atualmente desempenha a mesma função em Moçambique. A Igreja Brasileira participa do convênio selecionando o/a pastor/a que atenda o perfil da função e se responsabiliza pelo transporte de ida e volta do/da pastora".

Cotas de Participação Missionária - foram criadas para que as regiões eclesiásticas cooperassem financeiramente com a expansão missionária das Regiões Norte e Nordeste do Brasil. Pesquisando as atas de Concílios Gerais anteriores, levantamos algumas 13 decisões que ajudaram a formatar o rateio das Cotas de Participação Missionária. No relatório consta extratos de atas dos 16º e 17º Concílios Gerais que retratam a a realidade financeira do país.

As Regiões Eclesiásticas ficaram inadiplentes no período compreendido entre 2016 e 2021, pois não conseguiram honrar com suas participações e, para não impactar negativamente as Regiões Missionárias e demais compromissos que compõem os valores do rateio, a Sede Nacional cobriu com recursos próprios os valores não recebidos destas Regiões.

"A partir de 2018 a Sede Nacional foi fortemente afetada pelos bloqueios judiciais da Rede de Educação e também pela irregularidade no recebimento dos contratos de aluguéis, resultando no uso de suas reservas e consequente descapitalização. Com isso, a COGEAM decidiu que a Sede Nacional não faria mais a cobertura da inadimplência das Regiões, o que afetou diretamente os repasses para a REMA e REMNE, esta decisão foi cumprida a partir de Janeiro de 2020", destacou a tesoureira.

Diante dos fatos acima, a Sede Nacional continuou cobrindo as demais despesas que envolviam folha de pagamento – Subsídios dos Bispos Eméritos e Aposentados e Viúvas - porém, sem a melhora financeira da Sede Nacional, ainda vivendo sob consecutivos bloqueios judiciais e irregularidade dos aluguéis. "A COGEAM aplicou a mesma decisão para estas coberturas, ou seja, não mais poderíamos fazê-las, com início em Abril/2021, reduzindo drasticamente o valor dos subsídios dos Bispos Eméritos, Aposentados e Viúvas, o que nos causou um enorme constrangimento junto aos Beneficiários/as, além de planilhas de controle e inúmeros lançamentos contábeis", disse.

A partir de 2020 a Sede Nacional não poderia mais cobrir as regiões inadimplentes nos repasses para a REMA e REMNE. A partir de abril de 2021 a Sede Nacional não poderia mais cobrir as regiões inadimplentes na cobertura das despesas com Subsídios Bispo e Bispa, Aposentados e Viúvas e Bispos Eméritos. Os valores indicados como cobertura do Caixa da Sede referem-se as despesas com Subsídios do Bispo e Bispa, Aposentados e Viúvas e Bispos Eméritos no período de 2020 a Março de 2021, estes valores são devidos pelas Regiões ao Caixa da Sede Nacional. No demonstrativo das participações por regiões de 2016 a 2021 chegou a 15, 6 milhões.

"A Sede Nacional entrou neste quadro de inadimplência à partir de Dezembro/2021 devido aos bloqueios judiciais e o não recebimento dos aluguéis. (Eizel Ladeia - Tesoureira Nacional)

"Vivemos o ano inteiro em auditoria. Passamos por três auditorias anuais e contratamos uma auditoria externa para acompanhar. Não temos ressalvas. 98% do nosso balanço é imobilizado. Iso envolve as regiões à acompanhar os documentos de vossas igrejas. Precisamos atualizar o nosso modelizado. Temos pedidos as secretários executivos. Pedimos que acompanhem em suas regiões para que possamos entregar para a auditoria sem nenhum imobilizado", disse Eizel.

"Gostaria de finalizar com uma palavra de esperança para os irmãos e irmãs que distinguissem o que é despesa e o que é investimento. Salmo 118 diz que nao morreremos, mas viveremos para contar os grandes feitos do Senhor", finalizou.

Bispo Roberto (4ªRE) - "O tesoureiro da 4ª está aqui e pode confirmar que eu sou dizimista. dizimo eu devolvo e oferta eu ofereço. dízmo não é um valor, mas um dever do cristão. Antes de falar da inadiplência, gostaria de dar uma palavra de louvor pela vida dos tesoureiros nacional, regionais e diversas igrejas locais. A 4ª Região tem uma inadiplência de R$ 287.400,00 consequência de várias situações. Foram bloqueados através dos processos da Rede Metodista de Educação, mais de 1,4 milhão de reais. Em Varginah tínhamos 120 mil reais para começar os trabalhos e foi bloqueado. A inadiplência não é um problema tão simples de resolver. A Igreja Metodista no Brasil tem uma dívida missionária impagável com essa nação. Estamos aqui a mais de 150 anos. Muitas vezes eu não tenho estrutura para lidar com o pastor ou pastora que não paga a sua cota. Se temos problemas com dinheiro estamos tendo problemas espirituais em outras áreas", finalizou.

Bispo Luiz Vergílio (2ªRE) -  "Estamos com uma inadiplência de três meses. Meu propósito é de honrar essa dívida missionária o mais rápido possível", disse o bispo.l

Bispo Paulo Rangel (1ª RE) - "A primeria região já foi parte da solução e agora ela faz parte do problema. Nehuma dessas demandas colocadas aqui são novidades para nossa delegação. Depois da multiplicação da 1ª Região e 7ª, houve perca na receita. Nossa irmã eizel tem sido uma cooperadora e muita zelosa na tarefa dela. Não temos o que falar da área geral em relação ao cuidado e zelo da 1ª Região. Reconhecemos que esse endividamente é parte de uma grande problema. Com líder da 1ª Região, nós erramos. Tínhamos grandes desafios missionários e acabamos assumindo esses desafios com pouca receita. Os motivos dessa inadiplência estão em nossos documentos regionais", disse o bispo Paulo Rangel passando a palavra ao secretário de finanças que pediu perdão. 

"Tínhamos um situação de falência e a regiãoestava falida. Isso faz parte de nossos documentos. Nosso compromisso é. Equacionamos nossas demandas dentro da 1ª Região. E nosso projeto prevê a retomada, mas foi preciso equacionar uma série de finanças dentro da região para poder equacionar essa inadiplência junto a Sede Nacional", disse o secretário.

Bispo Emanuel Adriano Siqueira (Mano) - "Esperávamos chegar aqui em outra condição, mas não foi possível. Nunca deixamos de pagar uma cota orçamentária em meu ministério, mas como sede dependemos do orçamento das igrejas locias. A pandemia trouxe uma realidade diferente. Não temos como cobrar da igreja o que ela não pode pagar. Esperamos saudar tudo até o final do ano", destacou o bispo Mano. 

Bispo Hideíde Brito Torres (8ªRE) - "As vezes chegamos até o final do ano recebendo ainda ofertas mi ssionárias. Estamos lutando com muita dificuldade para manter nossos compromissos em dia, mas estamos nos organizando para conseguir até o final do ano - o que está sendo trabalhado com outras igrejas também. As vezes queremos estruturar somente a parte de cima e corremos o risco de  Queria deixar como verdade e preocupação que a missão começa na igreja local, mas ela precisa de parceiros e parceiras para capacitação. Precisamos como igreja eliminar a cultura da desconfiança", destacou a bispa.

Bispo Adonias Pereira do Lago (8ªRE) - Pensando em área nacional ou Sede Nacional, precisamos spensar em um caminho sem depender de instituições. A crise da rede, acredito que vá trazer crescimento em todas as áreas. A conexionalida é importante. Minha palavra de gratidão a 5ª Região que sempre priorizou a fidelidade. Aprendi isso com o bispo João Alves. Se aprovarmos compromissos, temos que fazer de tudo para honrarmos. Eu diria que a 5ª Região não faz mais que sua obrigação.

Debates - após a apresentação do relatório, o rev. Antônio Marcos Garcia, em nome da delegação da 3 Região Eclesiástica fez uma solicitação. "Em nome da delegação da 3ª Região Eclesiástica, solicito que esse plenário acolho o relatório com louvor. Trabalhamos com poucos recursos já é difícil, imagina trabalhar em déficit", disse o pastor Marcos.

Luiz Alceu fez referência aos contratos de alugueis. O que consta os valores até 2011 nao recebidos e depois de 2011 nao consta o pagamento desses valores. "Durante um bom tempo anterior a 2014, aas regiões recebiam diretamente da Rede. Nao temos conhecimento desses valores até que a auditoria pediu que se passasse pela Sede NAcional. Temos um documento onde a regiao autoriza receber esses aluguéis e repassar. Se não recebemos, não repassamos", disse a Eizel.

Vera Lúcia da 7ª Região, reforçou a importância de esclarecimentos. "Antes de ser cortada a transmissão dessa sessão, meu tesoureiro estava assintindo. ele me fez uma pergunta e quer uma resposta. "Assuminos uma igreja com um rombo com mais de 1 milhao. Chegamos na Igreja e tinha uma dívida de mais de 250 mil reais. Negociamos essa dívida. Essa Igreja pagoua a cota e a oferta missionária. Quero saber para onde foi?". A tesoureira nacional destacou que a Sede Nacional recebeu hoje pela manhã a quantia de 50 mil reais. Não deu para inserir no relatório a tempo.  

A tesoureira nacional, Eizel Ladeia, complementou ainda outro questionamento do pastor Alécio sobre o valor real que a Sede tem a receber. "A Sede hoje tem para receber mais de 19 milhões de alugueis. Quando se trata de Angular Editora, sim, estamos deficitário. Precisamos entender se a Igreja está investindo. Nesse momento a Angular Editora é deficitária. Os valores devidos de aluguéis pela Rede de Educação foram incluídos no processo de Recuperação Judicial e não há perspectiva de recebimento em curto prazo". 

Enquanto foi possível a Sede Nacional cobriu os valores das participações missionárias não enviadas pelas Regiões Eclesiásticas para que, principalmente, as Regiões Missionárias não fossem prejudicadas em seus compromissos, com toda a certeza, a Sede Nacional foi além, suprindo e participando da manutenção e expansão missionária destas Regiões.

Edinei Berteli Reolon, usou a plavra para elogiar o relatório e funcionários da Sede. "Minha palavra é de louvor para o relatório da Sede, mas no último quinquêncio ficaram três meses sem salários e naõ deixaram a Igreja cair. É importante destacar os trabalho dos funcionários da Sede e ao relatório apresentado", disse Edinei que prosseguiu. 

"Sou membro da 8ª Região, mas gostaria de destacar também que a Coream decidiu completar o alvo porque a região entende a importância da missão. No ano passado o relatório está em branco porque tivemos o bloqueio. Um outro relatório afirma que a 8ª Regiao fez um empréstimo de 120 mil reais para a Sede Nacional e deve atualmente 75 mil. A 8ª está inadiplente, e poderíamos pedir para abater, mas entendemos que cada valor tem seu destino certo", finalizou.

O bispo Luiz Vergílio assumiu a palavra e dirigiu aos delegados e delegadas, tendo em vista o voto de louvor solicitado pelo pastor Edniei anteriormente para os funcionários da Sede. Todos disseram sim e o voto foi registrado em Ata.

O Pastor Pedro da Rema também se pronunciou. "Queria ratificar a palavra do rev. Ednei e elogiar o trabalho e os funcionários da Sede. queria dizer que passamos pela pandemia, mas desde antes da pandemia, nós sofremos com o repasse de algumas regiões", disse.

A Jamile Guimarães defendeu a Região Missionária do Nordeste. "A Remne deveria receber 79 mil e está recebendo só 23 mil. Se dividirmos esse valor pelo número de Igrejas vai dar 200 reais para cada igreja para depoistar na Sede Nacional para que possamos receber o repasse para que as pessoas possam ter o pão na mesa", disse Jamile.

Houve vários pronunciamentos durante à tarde de hoje, 5. O pr. Dilson Soares também da Remne, destacou três pontos. Oferta Missionária nacional precisamos trabalhar de maneira bastante responsável nesse Concílio porque para a missão não sobra. O por quê está sendo enviado só agora. O que houve? As igrejas que arrecadaram e não enviaram? Outro ponto está na página 14 que foi uma decisão do Concílio de 2003 que as cotas seriam congeladas desde então. Com queremos chegar cada estado uma região?  E por último, cota para as regiões missionárias é arroz e feijão na mesa do obreiro. Precisamos trabalhar a missão.

A bispa Marisa de Freitas Ferreira corrigiu a fala do pr. Dilson ao dizer que quando ela assumiu a Região, ela já pegou as cotas congeladas. "Não foi 2003 como o Dilson afirmou, mas desde 2002 que as cotas estão congeladas. Missão exige investimento. O que eu sinto é o silêncio. Eu vejo, uma convicção pessoal, Deus está nos ensinando é que Ele está permitindo que as regiões autônomas, robustas, arrojadas. Antes de fazermos uma avaliação de Remne e Rema, agora é geral. Somos devedores. Somos pessoas na mesma missão. Vejo Deus nos ensinando nesse plenário e está honrando a fé do povo metodista nessa missão. A indiferença e o silêncio, mata", disse a bispa Marisa.

"Todas as regiões tem valores bloqueados. Quando uma igreja têm a conta bloqueada porque ela está trabalhando com um CNPJ que não é dela. Trabalham com o CNPJ da Sede Nacional. A orientação é que utilizem o CNPJ de sua Igreja e não da Sede Nacional. Orientem suas Igrejas a não usarem o CNPJ da Sede Nacional", destacou Eizel em repsota a pergunta do pr. Reinaldo Carvalho.

O rev. Wesley Nascimento propôs que se levantasse um momento de oferta para os campos missionários. O presidente acolheu e será feito em momento próprio para isso.


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