Ibrahim Al Hussein e Tatyana McFadden: premiados pelo IPC (Foto: Getty Images/Harry How)
(RIO2016) -?Ibrahim Al Hussein e Tatyana McFadden?foram premiados como atletas que melhor exemplificiam o esp?rito e os valores dos Jogos Paral?mpicos Rio 2016. Eles s?o os vencedores do pr?mio Whang Youn Dai, que desde Seul 1988 ? entregue pelo Comit? Paral?mpico Internacional (IPC). Cada um receber? uma medalha de ouro puro que pesa 75 gramas.
O nadador de 27 anos, nascido na S?ria, ? um dos dois atletas refugiados a competir sob a bandeira Paral?mpica no Rio 2016. Ele pratica o esporte desde os 5 anos, mas o sonho de se tornar um atleta foi interrompido em 2013, quando uma foi atingido por uma explos?o na tentativa de ajudar um amigo.Ele teve que amputar parte da perna direita, e a falta de recursos o fez ficar sem analg?icos por dois meses.
Ibrahim posteriormente fugiu para a Turquia, e depois cruzou o Mar Egeu parta chegar ?Gr?cia, onde iniciou a reabilita??o. Ele ganhou os holofotes no revezamento da tocha Ol?mpica, tento participado como condutor em Atenas, na Gr?cia, onde treina e compete com ajuda do Comit? Ol?mpico Hel?nico. J? como paratleta da nata??o, no Rio 2016 disputou as provas dos 50m e 100m livre classe S10.
Tatyana McFadden, tamb?m de 27 anos, nasceu com espinha b?fida, uma m? forma??o cong?nita que a deixou paralisada da cintura para baixo quando vivia em S?o Petesburgo, na R?ssia. Abandonada em um orfanato, ela n?o tinha uma cadeira de rodas e se movimentava usando as m?os. Aos seis anos, foi adotada pela americana Deborah McFadden, do Departamento de Sa?de dos Estados Unidos, e mudou-se para o pa?s da Am?rica do Norte.
Na escola, j? nos EUA, Tatyana foi impedida de competir com os demais alunos, ent?o ela e sua m?e moveram uma a??o judicial que acabou levando ? cria??o da “Lei Tatyana”, segundo a qual alunos com defici?ncias em todo o pa?s teriam direito ? pr?tica esportiva como qualquer outro.
Apelidada de O Monstro, ela venceu todas as provas desde os 100m at? os 5000m no Mundial de 2013 e foi a primeira paratleta a vencer o Grand Slam das maratonas: Nova Iorque, Chicago, Boston e Londres, um feito que repetiu por tr?s anos consecutivos. No Rio 2016, sua quarta participa??o Paral?mpica, ganhou dois ouros e uma prata, tendo ainda mais duas provas para disputar.
Processo de sele??o
O pr?mio teve a indica??o de 21 atletas de 17 pa?ses, e o IPC fez uma pr?-sele??o para chegar a seis nomes: Jose Luis Casas (Peru), Ibrahim Al Hussein (Independente, S?ria), Ammar Ali (Iraque), Tatyana McFadden (EUA), Zulfiya Gabidullina (Cazaquist?o)?e Veronica Hip?lito (Brasil). Os dois vencedores foram escolhidos por um painel independente com membros do IPC.