Publicado por Redação em Metodismo, Episcopal - 29/04/2016 às 13:41:31

Frutos de vida santificada

Somos pessoas que optamos por não adorar a ídolos/as. Servimos a um único Deus Trino (Pai, Filho e Espírito). Todo o nosso anseio é ouvir e obedecer ao Seu Querer. Assim entendemos o processo de Santificação: ouvir a voz Dele e cumprir a missão que nos concede. É por esse caminho que Ele mesmo vai nos separando cada vez mais para Si. Santa é aquela pessoa que se deixa guiar pelo Senhor e por Sua vontade:

I - Desde os primórdios


Desde sempre Deus desejou que sua criação O ouvisse, para que tudo lhe fosse bem. O querer de Deus é sempre bom, justo e verdadeiro. Entretanto, também desde sempre, a autossuficiência humana (que é aquele fruto do conhecimento do bem e do mal) afasta a humanidade (e o restante da criação) da bem-aventurança. Esse posicionamento humano conspira para o caos da civilização. Porém, Deus não se rende a esse acontecimento e persiste no propósito de modificar os rumos deste mundo, o qual tanto ama. E o ama a ponto de vir ao mundo como Deus Filho. Assim, Deus nos ensina como é viver em santidade.

 

II - O Santo


O nosso Pai de Amor, todo Santo, veio habitar na terra. Essa história é conhecida! Jesus viveu toda a sua vida como o Santo de Deus. Sempre agiu conforme o desejo do Pai. Dizia claramente: “(...) O meu alimento é fazer a vontade do Pai”. E mais: “Se vocês não comerem do meu corpo e beberem do meu sangue, não terão parte no Reino”. Ele nasceu, cresceu, viveu e morreu sempre de acordo com aquilo que Deus queria para Ele. No dia a dia da vida de Jesus, Ele não se nutria do que achasse belo ou feio, mas Ele confrontava a si mesmo com o querer de Deus. E sempre optava pela vontade do Pai. Ele era completamente separado para o nosso Pai que está nos céus.

 

 

III – A vida do Santo


Como Jesus, o Santo de Deus, vivia? Essa pergunta já gerou inúmeros volumes de textos, livros, concílios e teses, com o objetivo de dar uma resposta. Aqui só temos como dar alguns exemplos:
a-) O Santo e a família biológica: Jesus viveu com a mãe por aproximadamente 30 anos. Ele a via como parte de todo o povo de Deus, e não como uma propriedade particular e exclusiva, como um núcleo fechado e intocável. Existe uma família biológica, mas esta é parte de uma outra família que se estabelece quando a pessoa se converte a Deus. Isso é santidade familiar.
b-) O Santo e a amizade: Jesus teve pessoas amigas. Destaca-se aqui uma família formada só por três pessoas solteiras: Marta, Maria e Lázaro. Não se fala de pai, mãe, esposo/a e filhos/as. E Jesus, também solteiro, se hospedava nessa casa e amava essas amigas e esse amigo, nunca deu qualquer aparência do mal. Isso é santidade familiar e comunitária.
c-) O Santo e a mulher “malfalada”: Ele conviveu com muitas assim: aquela que lhe lavou os pés na casa de Simão; aquela que foi apanhada em adultério; aquela que sofria de hemorragia por 12 anos e outras. Como o Santo lidou com elas? Sem concordar com aquelas que viviam em vida promíscua, ainda assim se deixou tocar, falou com elas, respeitou-as e agiu diferente dos demais homens: amou-as vendo nelas a Igreja como sendo o corpo vivo de Deus. Anunciou-lhes a Palavra e elas passaram a tê-lo por Cabeça, “não por força e nem por violência”, mas por vê-lo como aquele que as amou e restaurou.
d-) O Santo e o poder religioso: Jesus sempre respeitou a fé judaica. Ele era judeu e foi criado nessa fé. Ele é o perfeito que encarna à vontade do Pai revelada em Abraão e Sara. Naquilo que a humanidade se limitou ou se distanciou do projeto inicial de Deus. Jesus jamais se desviou. Por isso mesmo pode confrontar seus equívocos indo ao templo, vai à sinagoga, explana a Lei para doutores/as da religião, mas, quando necessário, denuncia a hipocrisia, a arrogância, o abuso de poder e o descuido com as pessoas enfermas e viúvas.
e-) O Santo e o poder político: Jesus tinha claro para Si: “Se a César foi dada autoridade, deve ser honrado. Mas a honra maior é de Deus”, afinal, César fora formado pelo Criador. Portanto, há espaço para o governo humano (desde Gn 1.28ss), mas este precisa conscientizar-se de que não é Deus. Caso contrário, o caos se faz presente, por exemplo, Lava-Jato, Petrolão e outros.
f-) O Santo e as crianças: Ele foi criança e tudo indica que nunca se esqueceu de seu passado. Quando os/as discípulos/as discutiam quem entre eles/as seria o/a maior no Reino de Deus, Jesus tomou uma criança no colo para exemplificar (Mc 9.33-37). Quem tem recebido as crianças em nome de Jesus? Quantas morrem diariamente vítimas de fome, falta de atendimento médico, violência doméstica, aborto?
g-) O Santo e as riquezas: para o Santo, a riqueza era aquilo que a traça e a ferrugem não corroem. Não acumulou bens. Não teve casa própria. Não teve terra, nem gado. Falou do trabalhador que chegou à seara depois de todos/as e disse que era digno do mesmo salário das demais pessoas; patrão que compartilha sua riqueza por pura bondade.
Acima estão apenas alguns exemplos.

 

 

IV - Frutos de Santidade


Parece simples: olhar para o Santo e fazer o que Ele fez e faz; esta semente gera fruto de santidade. Mas será simples mesmo? É isso que fazemos? O Santo é a nossa referência? Há santidade como a do Santo em nós? Que ideia temos de santidade?
Que o Senhor tenha misericórdia de nós e que a Sua Graça nos alimente dia após dia.

No Senhor, fazendo discípulas e discípulos!

Escrito por: Marisa de Freitas Ferreira | Pastora no exercício do episcopado

 


Posts relacionados

Notícias, Metodismo, Nacional, Liderança, por José Geraldo Magalhães Jr.

Coordenação Geral de Ação Missionária está reunida em SP

Iniciou na manhã de hoje, 22, a reunião da Coordenação Geral de Ação Missionária (Cogeam) e Assembleia Geral das Instituições Metodistas de Educação. Na pauta da reunião que será discutida pelos representantes das Regiões Eclesiásticas e Missionárias, está à aprovação de Atas das reuniões anteriores e assuntos relacionados ao Concílio Geral que vai acontecer em 2021.

Notícias, Notícia, Metodismo, Episcopal, Nacional, por José Geraldo Magalhães Jr.

Conselheiros Nacionais de Juvenis são empossados pelo Colégio Episcopal

Aconteceu na manhã desse sábado, 19, a posse dos novos Conselheiros Nacionais de Juvenis, Ronaldo Oliveira Barbosa e Jaqueliny Louback Barbosa, na Sede Nacional da Igreja Metodista, em São Paulo. O ato de posse foi realizado pela secretaria executiva do Colégio Episcopal e contou com a mesa da Confederação Metodista de Juvenis, secretaria para a Vida e Missão da Igreja e amigos do casal que prestigiaram esse momento importante na vida da Igreja.