Publicado por Redação em Notícia - 14/04/2025 às 10:32:10

FOI POR AMOR!

 

“Então Jesus clamou em alta voz: — Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou” (Lucas 23.46 – NAA).

 

Tudo que Jesus fez foi por amor. Desde seu nascimento, toda sua jornada fazia parte de um grande propósito divino para revelar o amor de Deus à humanidade. Nada foi por acaso. Toda sua dor na cruz foi suportada pela força maior que existe, que é o amor personificado no próprio Deus encarnado (João 1.14 e 1João 4.8).

 

Jesus foi crucificado por volta das 9 horas da manhã (Marcos 15.25) e ao meio-dia, uma escuridão sobrenatural cobriu a terra até as 15 horas (Mateus 27.45). Esse período de escuridão simbolizava o peso do pecado e o julgamento que Jesus estava suportando. John Wesley rebateu fortemente o pensamento de que poderia ser um eclipse prolongado, declarando que algo único e sobrenatural aconteceu ali, mexendo com as estruturas do universo.

 

Na cruz Jesus clamou em alta voz: "Eli, Eli, lema sabachthani?", que significa: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?", recitando o Salmo 22.1 e revelando o caráter profético de tudo que acontecia. Pouco depois, Ele disse: "tenho sede" (João 19.28), cumprindo a Escritura do Salmo 69.21, com o propósito de mostrar sua humanidade. Após receber vinagre, Jesus proferiu Suas últimas palavras: "está consumado" (João 19.30), significando a conclusão de Sua obra redentora. Ele então inclinou a cabeça e entregou Seu espírito voluntariamente por amor.

 

O período de seis horas de Jesus na cruz, foi um tempo simbólico, porque o ser humano foi criado no sexto dia (Gênesis 1.27 e 31). O Criador foi morto pela criatura, mas acima de tudo por amor a cada vida. Todos que ali estavam sentiram que havia algo diferente naquele crucificado, que não praguejava como os demais, mas transmitiu esperança até o fim (Lucas 23.39-43). Até os soldados, que estavam acostumados a aplicar sentenças, reconheceram que não era comum o que estava acontecendo (Marcos 15.39). A força que estava imperando ali não era romana, mas o poder de Deus.

 

Cada lágrima de Cristo, seu sangue derramado, a vergonha ao levar a cruz, toda a afronta que sofreu... tudo foi por amor. Quando Jesus disse que entregava seu espírito ao Pai, estava deixando claro que não foram aqueles pregos que o mataram, nem as dores das pancadas ou chicotadas, nem mesmo o peso da cruz ou de seu próprio corpo pendurado, mas Ele morreu por amor. Nada nem ninguém poderia matar o Autor da vida, entretanto Ele se entregou e ressuscitou ao terceiro dia, triunfando eternamente. Sim foi tudo por amor!

 

Rev. Welfany Nolasco Rodrigues

Professor da área pastoral na FaTIM
– Faculdade de Teologia da Igreja Metodista


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