Publicado por Redação em Liderança, Metodismo, Discipulado - 02/05/2016 às 14:29:03

Discipulado: um chamado e um envio

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Um chamado a ser discípulo/a


A Igreja é uma comunidade formada por pessoas que foram chamadas por Jesus, ouviram e deixaram o pecado, para viver para Deus. Ouvimos falar, com frequência, sobre o chamado de Deus para nossas vidas, e sempre que se fala nisso pensa-se em ministério e serviço cristão. No entanto, vale lembrar que o nosso primeiro chamado foi aquele que nos fez sair das trevas para a sua maravilhosa luz do evangelho, conforme encontramos em Romanos 1.5-6.

O primeiro chamado é para deixar o pecado, os caminhos do velho homem, conhecer e aceitar a Jesus como Senhor Salvador. Isso inclui arrependimento, andar com Jesus e ser seu/a discípulo/a.
Muitos/as querem o poder e a autoridade dados por Deus (Mt 10.1) sem que tenha se tornado discípulos/as.

Antes de qualquer coisa, temos que dizer “sim” para o primeiro chamado, que é para estar com Jesus, segui-lo e imitá-lo. Antes de os/as discípulos/as realizarem grandes coisas e experimentarem tudo que experimentaram ao caminhar com Jesus, tiveram que dizer “sim” ao primeiro chamado: “Tendo chamado os seus onze discípulos...”; coisa que o jovem rico não fez (Lc 18.18-23). Antes de pensar em fazer coisas para Deus e em nome de Deus, devemos pensar em nos entregar totalmente a Ele.

Um envio: fazer discípulos/as


Somos enviados/as por Jesus a fazer discípulos/as (Mt 28.18-20). Quando somos discípulos/as do Mestre e passamos a fazer discípulos/as, passamos a ir ao encontro das ovelhas perdidas da casa de Israel.

Nossa tarefa de fazer discípulos/as deve começar, em primeiro lugar, pela casa de Deus. Isso porque, para que a Igreja esteja preparada para receber os/as perdidos/as e transformá-los/as em discípulos/as, precisa ser uma igreja sarada. Precisamos cuidar para que a igreja não seja um ambiente contaminado pelo pecado, pela maledicência, fofoca, prostituição, inveja, ciúmes, mágoa, etc. Discípulos/as saudáveis só podem ser formados/as em ambientes saudáveis.

Um ambiente ideal


Os pequenos grupos representam um ambiente ideal para viver essas verdades. A partir de um número reduzido de pes­soas, começa-se a buscar a face de Deus, orar, jejuar, estudar a palavra e estabelecer um ambiente de amor e cuidado.

O grupo pequeno deve ser, para nós, um lugar de comunhão, auxílio e crescimento. Nosso desafio é atrair a presença sobrenatural do Espírito Santo e começar a experimentar uma nova forma de caminhar.

Quando os membros de um grupo começam a ter suas vidas impactadas e transformadas pelo poder de Deus, vão se desvencilhando do pecado e de todo o peso que outrora os/as assediava (Hb 12.1), vão tornando-se mais livres e, finalmente, recebem a unção do Senhor sobre suas vidas.

A partir daí, o pequeno grupo começa a atrair pessoas para a boa-nova do evangelho. É como se o grupo fosse um hospital espiritual, onde os/as médicos/as (pessoas tratadas e saradas) podem dar assistência aos/às doentes. Essa é a nossa missão! Aleluia!

Texto extraído do Série Pão da Vida
Bispo Paulo Lockmann
Editora Chama, 2014

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