Publicado por Redação em Notícias, Internacional - 11/12/2017 às 17:29:01

Declaração da XI Assembleia do CIEMAL

O Conselho de Igrejas Evangélicas Metodistas da América Latina e Caribe (CIEMAL), publicou a Declaração emitida durante sua XI Assembleia, que aconteceu na cidade do Panamá entre os dias 10 e 13 de outubro. O conteúdo fala sobre a responsabilidade de metodistas do continente, diante das situações de emergência e injustiças sociais que alcançam os países assistidos pela organização. 

Leia o documento abaixo na íntegra. 

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Conselho de Igreja Evangélicas Metodistas da América Latina e Caribe – CIEMAL
Declaração da XI Assembleia

“Um povo chamado a ser testemunha até os confins da terra”

A XI Assembléia do CIEMAL, reunida na Cidade do Panamá entre 10 e 13 de outubro de 2017, cumprimenta toda a família metodista da América Latina e do Caribe, desejando a companhia de Deus em tudo o que é o seguimento de Cristo e o cumprimento de a missão que Ele nos deixou. Nós somos o povo de Deus, vivemos e esperamos nas suas promessas. Delegados e delegados em todo o nosso continente têm gratidão ao Senhor pela Igreja Metodista Evangélica do Panamá para nos acolher neste grande evento, e para as irmãs e irmãos que representam as diferentes organizações que se tornaram presentes entre nós, a saber: Igreja Metodista Unida, Igreja Metodista Inglesa, Conselho de Ministérios Globais, Mobilização de Treinamento e Serviços Globais - TMS, MARCHA (Metodistas Associados Representantes da Causa Hispânica Latino Americana), Universidade Metodista de São Paulo (Brasil).

Acreditamos que essa ocasião é propícia para expressar nossa solidariedade com todos os países que sofreram graves catástrofes naturais nos últimos tempos, onde as vidas humanas foram afectadas, bem como danos materiais e recursos naturais, que criaram uma cadeia de consequências que aumentaram o sofrimento e a desolação. Diante desses fatos, somos chamados a oferecer sinais concretos do amor de Deus, através da oração, da solidariedade e de todos os possíveis atos de misericórdia. Fazendo parte deste continente, expressamos nossa gratidão a Deus por sermos habitantes desta terra e por todas as oportunidades que nos oferece diariamente para usá-la, incluindo os mares que a cercam. Esta ótima casa que Deus nos dá precisa ser atendida, e devemos assumir nosso relacionamento com o mundo criado, sendo bons mordomos dele, oferecendo à ele as melhores condições para todos nós que habitamos essas terras. Em um continente de tantas oportunidades e riquezas naturais, vemos com desolação diferentes fatos sociais que atentam contra a vida humana, especialmente as mais pobres e vulneráveis ​​da nossa sociedade. Estamos alarmados com a situação de milhares de migrantes que visitam nossos países todos os dias em busca de novos horizontes de vida. Estamos indignados com a crise política que afeta nossos governos, a maioria com sinais claros de corrupção, a frivolidade com que aplicam políticas econômicas que visam interesses particulares, esquecendo as pessoas, a violência em todas as suas manifestações e expressões, especialmente contra crianças, mulheres e povos indígenas, e a condição a qual milhares de jovens estão expostos, com o consumo e ao tráfico de drogas. 

Tudo isso nos faz clamar por justiça social e pela verdade, processos no quais, como Igrejas Metodistas, nos oferecemos para o trabalho e, assim, tornamos eficaz nosso desejo de mudança social. Tudo isso nos faz ver que somos individualmente pecaminosos, mas também vítimas do pecado dos outros e, por isso, vemos hoje mais do que nunca a necessidade do ser humano para se reconciliar com seu Criador, com ele e com o próximo, arrependendo-se de seu pecado, aceitando o perdão e pedindo Sua orientação. A Igreja Metodista da América Latina e do Caribe tem o imperativo de pregar Cristo Jesus, o Reino de Deus em pessoa, na confiança de que, nEle e no poder do Espírito Santo, existe uma nova vida. Todo metodista, de sua igreja e realidade local, deve procurar todas as formas possíveis de evangelizar e discipular, nesta prática temos uma grande tradição bíblica e wesleyana que precisamos prosseguir recuperando. 

Acreditamos firmemente que a presença e participação de Deus em nossa história, na véspera do 50º aniversário do CIEMAL, tem precedentes e testemunhos que devemos destacar e reconhecer, na pessoa daqueles que estavam conosco e cuja memória ainda está viva, entre os quais destacamos: Rita Oliva (primeira Secretária Geral), Isaac Rodríguez Aço, Isaías Gutiérrez, Aldo Echegoyen, Emilio Castro, Mortimer Arias, Oscar Bolioli, Federico Pagura, Ulises Hernández, Marco Ochoa, entre outros; Assim também, no momento presente, nos identificamos com o reconhecimento da Comissão dos Prémios Nobel da Paz 2017 em relação ao ICAN (campanha internacional para abolir as armas nucleares) de que somos parte do Conselho Mundial de Igrejas (CMI). Nesta hora, somos chamados a continuar esta história, de obediência ao Senhor Jesus Cristo, de amor por nossas irmãs e irmãos, com uma presença pastoral e profética, diante de tudo o que acontece com as pessoas latino-americanas e caribenhas, das quais somos parte. 

Nós declaramos que Deus é a nossa luz e nEle esta a vida, declaramos que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que sua mensagem do Reino dos céus que se aproximou precisa ser anunciada e vivida para chamar uma nova vida e declaramos que a O Espírito Santo é o poder que sustenta a sua Igreja e a encoraja no cumprimento da missão, "... até aos confins da terra" (Atos 1: 8).

Publicado originalmente em espanhol na página oficial da organização.


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