Profissionais fazem trabalhos sustent?veis na Universidade Metodista de S?o Paulo | Sara de Paula
Conhe?a os artesanatos produzidos por um time de pessoas com defici?ncia intelectual.
O n?cleo de Cultura e Arte da Universidade Metodista de S?o Paulo (UMESP) dedicou-se ? cria??o de um projeto direcionado para preparar pessoas contratadas nos termos da lei que garante a inclus?o de pessoas portadoras de defici?ncia no ambiente de trabalho. Essa legisla??o observa que a habilita??o e reabilita??o profissional consiste em um processo que possibilita que a pessoa portadora de defici?ncia adquira o n?vel suficiente de desenvolvimento para participar do mercado de trabalho ou da vida comunit?ria. A coordenadora Juliana Costa explica que esse projeto foi escrito na pr?tica. H? cerca de seis anos, a artista pl?stica foi contratada para desenvolver a ideia.
?Antes, os/as portadores/ as de defici?ncia se adaptavam de acordo com a demanda de cada setor, quando se adaptavam?, explica Juliana, afirmando que o desafio foi criar um caminho para humanizar esse atendimento. ?Escrevemos um projeto para fazer a capacita??o necess?ria n?o s? para pessoas com defici?ncia, mas tamb?m para funcion?rios/as e gestores/as que fossem conviver com elas?, afirma Juliana falando sobre a import?ncia da participa??o de toda a institui??o no projeto,?mas principalmente dos pais e respons?veis. A equipe constatou que a ideia ia muito al?m da produ??o artesanal, que ? um dos focos do programa hoje. ?Eu agrade?o a Deus por estar viva para ver meus filhos com a carteira de trabalho assinada?, foi o que a m?e de dois dos profissionais contratados compartilhou com Cl?udia Cezar, coordenadora do N?cleo de Arte e Cultura (NAC) da Universidade Metodista. ?A ideia ? que eles/as tenham esse contato com o mundo de trabalho, atendam o telefone e depois sejam direcionados/as, pois n?o ? inclus?o se mantivermos todos/as no mesmo lugar?, conta Cl?udia. H? cerca de quatro anos, a coordena??o de Extens?o e Inclus?o da Universidade fez um convite espec?fico para que um/a dos/as profissionais capacitados/as pelo programa fosse trabalhar em seu setor, reconhecendo o sucesso do departamento.
O programa Tamb?m cobre a sondagem e encaminhamento para fonoaudi?logos/as, terapeutas ou profissionais especializados/as. Elaine Cristina de Oliveira se formou exatamente para esse prop?sito. ?Eu penso que esse projeto ? muito importante, e foi muito feliz quem elaborou dessa forma, pois atende ? necessidade do desenvolvimento social, intelectual e motor?, conta Elaine. A profissional tamb?m ressalta o cuidado da Universidade ao disponibilizar recursos da Policl?nica para os/ as profissionais, o que ? fundamental para suprir as necessidades e passar seguran?a para as fam?lias. Eliana e C?ssia, tamb?m contratadas pela Universidade e portadoras de Defici?ncia Intelectual, comprovam a efic?cia do atendimento ao contarem suas hist?rias. Ambas, com cerca de 30 anos de idade, passaram a desenvolver seus trabalhos n?o s? no departamento, mas em casa com suas fam?lias, depois de terem aprendido a usar a m?quina de costura para produzir bolsas e artesanatos. ?Minha irm? amou quando eu fui para a m?quina?, conta C?ssia enquanto prepara mais uma das dezenas de flores de tecido que aprendeu a fazer. ?A melhor coisa que eu fa?o ? vir para a Metodista?, afirma Paulo Roberto, de 46 anos, que tamb?m conta j? ter trabalhado at? de gra?a, mas agora recebe seu sal?rio e benef?cios em dia e tamb?m pode ajudar em casa. A equipe explica que o projeto n?o ? s? um sonho, mas ? realista.
A preocupa??o com a sustentabilidade financeira fez com que a Universidade se mobilizasse cada dia mais, at? chegar a um momento em que todo o material de descarte ? oferecido primeiro para a equipe tentar utilizar e criar um novo material junto com os profissionais do programa. Para conscientizar os/as colaboradores/as, a Metodista tamb?m promove o Atualiza, um curso para capacitar gestores/as, funcion?rios/as e at? docentes a trabalharem em harmonia com profissionais que apresentam alguma limita??o. ?As pessoas n?o sabem se relacionar com o que ? diferente, quando ser diferente ? normal. A ideia ? a gente se aproximar e n?o ter medo do que ? diferente da gente?, afirma Cl?udia Cezar.
Inclus?o pela arte
A aula de teatro oferecida tamb?m pelo programa ? exigente e tem a inten??o de aprimorar a forma como eles/as se relacionam em grupo.
Nina Mancim ? atriz e psicopedagoga, al?m de professora de teatro para pessoas com Defici?ncia Intelectual desde o come?o do projeto. H? 15 anos Nina tamb?m atua no Teatro Escobar, em S?o Paulo, com o mesmo prop?sito e acredita que a aprova??o do seu trabalho parte da evolu??o dos/as seus/as alunos/as. ?O feedback maior ? com eles/as. Quando o Paulinho come?ou a fazer teatro, n?o pod?amos tocar nele, ou falar com ele. Hoje ele ? um dos melhores alunos. A Priscila j? ? uma atriz pronta e faz tudo com muita verdade?, conta a professora enquanto discorre sobre a hist?ria de cada aluno/a com quem teve a chance de trabalhar.
Os profissionais que participam do programa de teatro n?o recebem nenhum tratamento diferenciado por parte da professora, que faz quest?o de orienta-los/as como atores e atrizes que se preparam para um espet?culo, o que acontecer? de fato em setembro, na Mostra de Arte Inclusive. “J? estamos?preparando uma apresenta??o para a semana de arte inclusiva, para pais, comunidade e todos que quiserem participar”, afirma Nina. Confira abaixo o convite.
CONVITE
SEMANA DA MOSTRA DE ARTE INCLUSIVA
21 de setembro ?s 19h30 Universidade Metodista ? Campus Rudge Ramos ? S?o Bernardo do Campo Entrada Franca Aberto ao p?blico.
SERVI?O
Para adquirir os materiais produzidos pelo projeto, favor entrar em contato no Espa?o Met?.
Telefone: (11) 4366?5021
Escrito por Sara de Paula
Publicado no Jornal Expositor Crist?o de julho
CONFIRA O ?LBUM DE FOTOS COMPLETO DA MAT?RIA
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