“O dinheiro ganho com desonestidade diminuirá, mas quem o ajunta aos poucos terá cada vez mais”
(Provérbios 13.11)
Quando o assunto é dinheiro, muitos ainda não compreenderam que Deus deseja a prosperidade de Seus filhos. Há quem defenda equivocadamente que “o dinheiro é a raiz de todos os males”, porém, o que a Bíblia realmente declara é que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1Timóteo 6.10). O dinheiro, quando bem administrado, é bênção para a família; mas quando ocupa o coração, transforma-se em um deus e causa tristeza ao lar.
No hebraico, a palavra usada para dinheiro é kisef, que significa “desejo ardente”. O recurso financeiro, portanto, serve para realizar desejos, mas esses devem estar submetidos a Cristo, a fim de que o coração permaneça no lugar certo.
As notícias atuais não animam: alimentos caros, planos de saúde inacessíveis, desemprego, juros elevados e instabilidade na economia. Tudo isso gera insegurança. Entretanto, a Bíblia nos orienta a “ajuntar pouco a pouco” (Provérbios 13.11), ensinando disciplina e sabedoria financeira.
Infelizmente, o planejamento financeiro ainda não é ensinado nas escolas. Se fosse, evitaria descontrole e endividamento — causas frequentes de divórcio. Segundo o jornal O Globo (30/05/2025), 60% dos divórcios no Brasil estão ligados a problemas financeiros. Um número alarmante, considerando que a família deveria ser refúgio em tempos de crise.
A Palavra de Deus, por vezes negligenciada até por cristãos, traz princípios práticos para todas as áreas, inclusive a econômica. O livro de Provérbios é um tesouro de sabedoria e, no capítulo 31, além de exaltar a mulher virtuosa, também revela preciosas lições financeiras:
- Confiança e parceria (Provérbios 31.11) – base para decisões econômicas.
- Evitar desperdício e gerar crescimento (Provérbios 31.12).
- Trabalhar com diligência e produtividade (Provérbios 31.13–14).
- Planejar e investir com visão de futuro (Provérbios 31.16).
- Cuidar da organização do lar e dos recursos (Provérbios 31.15).
- Ser generoso e solidário (Provérbios 31.19–20).
- Gerar renda de forma honesta (Provérbios 31.24).
- Preparar-se para o futuro (Provérbios 31.25).
Esses princípios demonstram que uma vida financeira saudável se constrói com disciplina, constância e obediência a Deus. Prosperidade não é sinônimo de riqueza. A prosperidade bíblica está ligada ao bem-estar: pão na mesa, filhos vestidos, o lar suprido. Riqueza, Deus pode conceder a alguns, mas não prometeu a todos. Um exemplo notável é José no Egito. A provisão nos anos de fome só foi possível porque ele soube arrecadar, poupar e administrar com estratégia. O rei confiava em suas decisões, mostrando que quando há unidade — no governo ou no lar — há prosperidade. Afinal, “um reino dividido não subsiste” (Marcos 3.24).
Para experimentar prosperidade familiar, é preciso obedecer a Deus antes de seguir qualquer método financeiro. Muitas vezes, o fracasso não vem de forças espirituais, mas da negligência em praticar princípios divinos. Eis alguns pontos práticos:
1. Conta conjunta – casamento é unidade. Não há prosperidade sem concordância.
2. Primícias – o dízimo não é transação financeira, mas gratidão a Deus.
3. Cartão de crédito – não ultrapasse sua renda mensal.
4. Aparência – não viva como um “dublê de rico”.
A Bíblia também nos ensina a agir com sabedoria prática: faça uma análise detalhada de todos os gastos e elimine o que não é necessário. Por exemplo, muitas famílias mantêm diversas assinaturas de canais de streaming, embora nem utilizem todos. Pequenos cortes e escolhas conscientes podem gerar grande diferença no orçamento e abrir espaço para uma vida financeira equilibrada.
Oremos:
Senhor, em nome de Jesus Cristo, ensina-nos a administrar os recursos que o Senhor colocou em nossas mãos. Faz-nos prosperar, mantendo nosso coração no Teu Reino. Amém.

Débora Corsi
Mentora em Planejamento Financeiro Familiar e Empresarial
Colunista no Jornal Braziliam Times E.U.A
Vice-Presidente da Academia Volta-Redondense de Letras
Escritora e Palestrante
@debora.corsi