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Reformando para o Futuro: O Papel Permanente do Metodismo

As palavras de João Wesley e dos primeiros metodistas ainda ecoam como um manifesto com senso de propósito e missão: não para formar nenhuma nova seita, mas para reformar a nação, particularmente a Igreja; e para espalhar a santidade bíblica sobre a terra“. Esta foi a resposta, em um livreto de cerca de oitenta páginas, de 1827, com as atas e notas de reuniões dos metodistas. A pergunta era: “o que podemos razoavelmente acreditar ser o desígnio de Deus ao levantar os pregadores chamados metodistas?”.

Reformar é necessário. Descobrir novas formas é imprescindível. Experimentar transformação é inevitável. O metodismo nasce, no século XVIII, como fruto de uma experiência pessoal de vida dedicada a Deus. Não como ruptura, porém, como força de renovação espiritual e social, como um modo de conhecer a Deus e vivenciar este relacionamento. Foi uma proposta maior do que a instituição religiosa: era um desafio de transformação integral.

Desde a Reforma Protestante, nos anos 1500, quando Martinho Lutero defendeu suas 95 teses contra a venda das indulgências, percebeu-se a possibilidade de um novo modo ou forma de viver a fé em Jesus Cristo. Assim, nessa inspiração, os metodistas declararam seu propósito e missão. Num projeto de transformação integral, os pilares da ação prática metodista são claros: não sectarismo, reformar a nação e especialmente a igreja, e reformar o crente e toda a terra, por meio da santificação bíblica.

Reformar é dar nova forma, no entanto, a essência permanece. É crucial conhecer este cerne essencial para que a forma, a nova forma, esteja arraigada e impregnada do chamado e da comissão de Deus a Seus discípulos e discípulas. A Missão é de Deus, e a transformação que resulta na prática da Missão é o ministério decorrente dos dons concedidos. A essência é Jesus Cristo, revelação do amor de Deus para salvação de todo aquele que crê.

Reformar a igreja é compreender o tempo, o contexto, os desafios e as necessidades, e responder a partir da essência bíblica das boas novas em Cristo. É compreender que é urgente acolher inovação de formas e da tecnologia, porém, mantendo sólido fundamento no amor, na compaixão e na misericórdia do evangelho de Jesus. É ser sal e luz, fermento e alimento para um mundo em sofrimento e carente de referências de vida.

A nação é reformada quando a experiência pessoal com o Deus a da Palavra e da missão sai da segurança e do conforto das paredes do templo. A capacidade intelectual, do exercício da razão, oferece capacidade, competências e conteúdo que alcança o mundo real e as pessoas. A espiritualidade do caminho da santificação produz discípulos e discípulas que proclamam a simplicidade do evangelho. Oramos e trabalhamos nesta linha de esplendor sem fim que existe antes de nós e continuará até que Ele volte. Trabalhamos com a urgência da colheita e com a paciência da eternidade.

Nossa herança é reformadora. A prática metodista é um desafio a uma reforma no presente, espalhando santidade bíblica, vivendo a unidade do Reino de Deus, transformando esta geração e deixando um legado de amor, justiça e paz.

 

 

 

 

 

 

Flavio Hasten Reiter Artigas
Pastor na Igreja Metodista Central de Guarapuava
Diretor Geral da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista

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