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Não há panelaço no combate ao racismo

Jovens seguram faixas com os dizeres "Somos todos v?timas" e "111 motivos para dizer... Basta!"

O Brasil do futuro n?o chegar? ao presente sem fazer seu acerto com o passado. Os atos de inj?ria racial, racismo, preconceitos e mortes assombram nossa sociedade h? v?rios s?culos. Os jovens negros Roberto de Souza, Wesley Castro, Wilton Esteves, Cleiton Corr?a e Carlos Eduar?do da Silva foram fuzilados dentro do carro em Costa Barros/RJ, no final do ano passado. Essa barb?rie mostra que a sociedade n?o avan?ou.?O choro de quem sofre na pele esse tipo de crime ou inj?ria racial me faz lembrar a m?sica de Caetano Veloso ?Desde que o Samba ? Samba?, que traz no seu enredo a frase ?a l?grima clara sobre a pele escura? e termina ?cantando eu mando a tristeza embora?. N?o h? panela?o, mas sil?ncio e dor. N?o h? manifesta?es p?blicas com milhares de pessoas nas ruas como fez o pastor Batista Martin Luther King, que se tornou um dos mais importantes l?deres do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e no mundo, com uma campanha de n?o viol?ncia e de amor ao pr?ximo.

Pelo que consta, nenhum dos cinco jovens de Costa Barros tinha envolvimento com qualquer coisa errada, a n?o ser por estar no Complexo da Pedreira, local onde foram alvejados com mais de 60 tiros por quatro policiais do BPM de Iraj?. Eles voltavam do Parque Madureira, ?rea de lazer na zona norte carioca. O secret?rio de Seguran?a do Estado do Rio de Janeiro, Jos? Mariano Beltrame, definiu como ?tr?gica e indefens?vel? a a??o policial. Segundo Beltrame, houve uma den?ncia de que os policiais tentaram forjar a cena do crime, o que ser? levado em conta como um ?sobrepeso? na acusa??o. Parentes e amigos acusam os quatro policiais, que foram presos em flagrante e v?o responder por homic?dio e fraude processual. A Pol?cia Militar abriu inqu?rito para apurar o caso.

Pastoral do Combate ao Racismo da Igreja Metodista

Em junho de 2015, quando houve nove mortes em um tiroteio na Igreja Metodista Episcopal Emanuel, em Charleston, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, a pastoral j? havia alertado: ?tr?s fatores que h? muito t?m sido geradores de dor, exclus?o e morte: o radicalismo religioso, o preconceito e o racismo?. Na ocasi?o, o presidente do Conc?lio Mundial Metodista, bispo Paulo Lockmann, tamb?m emitiu um pronunciamento em solidariedade aos irm?os/as da Igreja Metodista, na Carolina do Sul (veja em www.metodista.org.br).?De acordo com a coordenadora da Pastoral do Combate ao Racismo, Eva Ram?o, a sociedade fica inerte diante de tal situa??o. ?N?o h? uma sensibilidade com as mortes dos jovens negros no Rio. O preconceito racial existe em grande escala. Ele ? o facilitador para que as mortes ocorram em n?mero assustador?, disse.

Para a pastora nomeada para representar a Igreja Metodista na Associa??o de Te?logas/os da Am?rica Latina (ASSET), Eliad Dias dos Santos, o crime de racismo est? presente em todas as esferas da sociedade. ?O racismo institucional n?o est? presente somente na Pol?cia Militar, mas em empresas, ?rg?os p?blicos e igrejas. Essas institui?es contribuem para que essas mortes n?o sejam as ?ltimas. Quando o assunto ? racismo, preconceito, infelizmente quase nada se faz?, desabafou.

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