Publicado por José Geraldo Magalhães em Última Edição - 06/07/2022 às 15:26:08

Grupo de Trabalho reavalia proposta de autonomia da Remne

Pr. Dilson Soares Dias apresenta proposta de emancipação da Remne. Fotos Rodrigo de Britos.

 

Pr José Geraldo Magalhães

A Proposta 14/16/003 de autonomia da Remne, foi amplamente debatida com opiniões contrárias e a favor na tarde de hoje, 6, em Sorocaba, pelos delegados e delagadas da Igreja Metodista. 

O rev. Dilson Soares Dias, presbítero interino designado para acompanhar os trabalhos missionários no período em que a bispa Marisa de Freitas Ferreira estava de licença, relatou a situação atual da Remne. Antes, o bispo Adonias Pereira do Lago, bispo assessor na Remne nesse período, elogiou o trabalho e dedicação do pastor Dilson.

Cada delegação ficou de indicar um representante para um Grupo de Trabalho, sob a coordenação do pastor José Pontes Sobrinho, e discutir a proposta para que a Remne possa sair daqui com uma visão clara desse Concílio. "O GT precisa trazer uma avaliação, no mais tardar hoje a noite, de sustentabilidade como avanço missionário", disse o bispo Luiz Vergílio. a proposta de ter um GT para discutir e avaliar a proposta foi do pastor Ewander Macêdo (7ªRE).

A proposta segue com os debates abaixo:

Proposta 14/16/003 de autonomia da Remne.

  • A Remne assumirá 100% do subsídio de presbíteros/as, pastores/as, aspirantes, missionários/as designados/as da região a partir 2022;
  • A Remne assumirá 100% das despesas administrativas e de funcionários/as da sede regional a partir 2022. 
  • A Remne assumirá 100% das despesas com aluguéis de templos e casas pastorais
  • A Remne assumirá 100% dos expedientes episcopais e viagens nos limites da região missionária do nordeste
  • A Remne continuará administrando o campo missionário formado pelos estados de alagoas, ceará e maranhão com os recursos gerados pelo próprio campo, mais o suporte dos recursos enviados pelas regiões eclesiásticas r$ 29.921,30 (vinte e nove mil novecentos e vinte e um reais e trinta centavos).

"A proposta era chegar aqui e declarar nossa autonomia no 21º Concílio Geral. Nós não alcançamos nossa autonomia porque não crescemos na poroporão que deveríamos alcançar nossa autonomia. Crescemos no sustento, governo. De 2016 a 2019 o crescimento foi de 4%. é necessário entender que não crescemos na proporção que deveríamos crescer para declarar nossa autonomia, mas crescemos mais que o dobro do crescimento nacional", disse o pastor. 

Ele citou ainda dados de 2005 que tinha, 33 obreiros, entre pastores e evangelistas na Remne, com pouco mais de 30 trabalhos e havia uma dependência da aéra nacional e regiões eclesiásticas. "Hoje dependemos financeiramente em torno de 15% mais o subsídio de um bispo ou bispa. São mais de 80 obreiros/as entre pastores/as, evangelistas, MD's e presbíteros/as", enfatizou o pastor Dilson.

"Considerando uma Igreja de alto-sustento, é uma igreja que levante pelo menos 15 salários mínimos mínimos com templo e casa pastoral próprios. A proposta da Remne é uma nova reconfiguração contemplado dois estados, sendo Bahia e Pernambuco".

Diante disso chegamos à conclusão que no modelo atual aRemne não tem como proclamar a sua autonomia subsidiando um bispo ou bispa integralmente", disse o pastor passando a palavra ao pastor Cícero Freitas para apresentar a proposta. 

"Nossa proposta diz que a Região Missionária do Nordeste, passará a ser formada por 02 (dois) estados: Bahia e Pernambuco e, os estados de Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão, formarão 03 (três) Campos Missionários Nacionais", enfatizou o pastor Cícero.

A proposta contempla ainda que a supervisão dos Campos Missionários será de responsabilidade da COGEAM, Região Eclesiástica parceira que adotará um Campo Missionário ou da própria REMNE, como melhor parecer ao Concílio Geral. A REMNE continuará com um/a bispo/a residente, mantido/a pela Área Nacional, bem como viagens e reuniões extra REMNE. Já os subsídios dos/as obreiros/as dos Campos Missionários Nacionais serão pagos em parte pelas igrejas, congregações, pontos missionários, aluguéis de imóveis que estejam dentro dos próprios Campos, e o restante pela Área Nacional/Regiões Eclesiásticas parceira.

Os valores enviados pela Área Nacional R$ 79.421,30 (setenta e nove mil, quatrocentos vinte e um reais), continuarão sendo enviados para a Remne e Campos Missionários em sua nova reestruturação nas seguintes proporções: 40% (quarenta por cento), R$ 31.768,40 ( trinta e um mil, setecentos sessenta e oito reais) para a REMNE , 20% (vinte por cento), R$ 15.884,00 (quinze mil, oitocentos oitenta e quatro reais) para o Campo Missionário 1 – Sergipe e Alagoas, 20% (vinte por cento), R$ 15.884,00 (quinze mil, oitocentos oitenta e quatro reais) para o Campo Missionário 2 – Paraíba e Rio Grande do Norte, 20% (vinte por cento), R$ 15.884,00 (quinze mil, oitocentos oitenta e quatro reais) para o Campo Missionário 3 – Ceará, Maranhão, Piauí.

Destaques e debates - O pastor Ewander Ferreira de Macêdo (7ª), foto ao lado, apoiou a proposta com alguns apontamentos. "A igreja do Nordeste parou para repensar a autonomia da Remne. Queria fazer uma provocação. Penso que o esforço da Remne precisa ser reconhecida por esse Concílio. O que preciso refazer é rediscutir a autonomia. Será que não era a vez de repensar a estrutura. Usando a inteligência para construir uma proposta de autonomia reconhecendo ume sforço de autonomia? Acho que é injusto aplicar ao Nordeste e Norte aplicar os padrões do Sudeste. Há modelos missionários para ser revisto, meu encaminhamento é deixar a proposta sobre a mesa e depois revermos a autonomia desses dois estados", concluiu.

Para pastor  Edson Mudesto fez um questionamento sobre a possibilidade de subsidar os pastores de tempo integral na Remne. "Gostaria de compartilhar a dificuldade de aprovar essa proposta, pois a Remne não tem condições de aprovar a proposta", disse o pastor com base nos argumentos do pastor Dilson dito anteriormente.

A bispa Marisa de Freitas Ferreira assumiu a palavra dizendo que o Dilson tem todo o perfil episcopal. "A questão da autonomia da Remne não é de agora. Autonomia é um processo. A pandemia complicou ainda mais as dificuldades. Autonomia não é só financeira, mas é de governo e a Remne tem sido acompanhada pelo Colégio Episcopal. Além disso, autonomia é também auto-sustento. Se pensarmos nesse vies, algumas regiões teriam de voltar a região missionária. A Remne não tem condições de manter um bispo/a. A equipe da Remne, SD's fez consciente seu trabalho ao cnduzir a proposta ao plenário", finalizou a bispa.

Paulo Roberto Garcia (3ªRE) concordou com apalavra anterior do pastor Ewander e complementou. "Creio que temos um caminho a ser trilhado. Hoje pela manhã, a proposta da Rema não foi explicitada, mas teve um caráter importantíssimo, onde a estrutura está será mantida pela sua autonomia. No caso da Remne, a estutura seria cuidada pelas igrejas que tem autonomia e as verbas missionárias continuam para a missão. Isso traz um pouco de pertencimento até mesmo na hora de ofertar para a missão", disse o pastor Paulo.

O pastor Eliézer Pessoa Wendling da 4ª Região, fez um questionamento: "Será que uma proposta em se pensando em tornar Bhaia e Pernambuco, os outros pastores e pastoras não vão sentir-se inconformados e inconformadas? Tenho uma dificuldade muito grande aprovar uma proposta como esta", disse.

A proposta trouxe preocupações para a vice-presidente da delegação da Remne, Jamile Guimarães. "a proposta me preocupa porque vamos deixar os estados mais enxutos, mas vai ficar na mesma. A maioria das igrejas do nordeste, não tem a mínima condição de manter um presbítero ou presbítera. Acho muito importante termos esse GT para conversarmos mais sobre esse assunto, enfatizou.

O Pastor José Pontes Sobrinho (4ªRE) se pronunciou com uma preocupação, ams sendo favorável à proposta com algums considerações. "Quando olhamos para a estrutura da Sede Nacional para assumir esses valores, é preocupante. Não temos recursos na área nacional. Gostaria que aprovasse essa proposta, mas ela precisa ser reconfigurada. Queremos ajudálos nesse procesos que a Remne venha, de fato, ter a sua autonomia, disse o pastor Pontes perguntando se a proposta poderia ficar sobre a mesa.

O pastor Dilson Soares, retomou a palavra para fazer alguns destaques sobre o assunto. "Estamos abertos sim, para sentar, discutir, e recebermos com amor, mas queremos avançar. A proposta contempla o avanço missionário. Todos os campos missionários não dependerão de nenhuma Região Eclesiástica. Quando mencionamos de uma região adotar um campo é porque temos um dificuldade de assumir as condições atuais. Então, abrimos para outras regiões colaborarem", enfatizou. 

Outros delegados e delegadas se pronunciaram sobre a proposta. O bispo que presidia a sessão, bispo Paulo Rangel dos Santos Gonçalves, passou a palavra para o presidente, bispo Luiz Vergílio que sugeriu paraque o GT trouxesse uma avaliação no mais tardar até amanhã, dia 7, de sustentabilidade como avanço missionário.

 

 

 

 


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