Publicado por José Geraldo Magalhães em Última Edição - 03/07/2022 às 23:06:26

Concílio Geral é traduzido para comunidade surda

Pr. José Geraldo Magalhães

O Lucas Gabriel dos Santos, 19 anos, veio pela primeira vez em um Concílio Geral. Ele mora em Sabará/MG – cidade vizinha de Belo Horizonte. É metodista desde criança e tem uma missão muito importante no 21ºCG. Por ser intérprete de libras, o Lucas vai traduzir o conclave para a comunidade surda. Lucas veio a convite do Pastor José Pontes Sobrinho, pastor na Igreja Metodista Central, em Belo Horizonte/MG, onde Lucas congrega.

“Eu só participei de Concílio Regional da 4ª Região. O Pastor Pontes me fez esse convite e me informou que a Igreja está nesse desafio da inclusão e eu aceitei. Libras é minha vida e a Igreja só ganha com a acessibilidade”, finalizou.

As primeiras experiências de Lucas com Libras foram com crianças surdas. É a primeira vez que um Concílio Geral da Igreja Metodista tem um intérprete de libras para a comunidade surda.

Existem mais de 300 variantes da língua de sinais no mundo. Elas são responsáveis por boa parte da comunicação de surdos, que totalizam 466 milhões de pessoas. Apesar da variedade de línguas de sinais, ainda existe uma necessidade muito grande de divulgá-las para promover a inclusão e melhorar a acessibilidade para esse público. A OMS estima que, até 2050, 900 milhões de pessoas podem desenvolver surdez.

No Brasil, existe a Libras (Língua Brasileira de Sinais), que é uma língua de modalidade gestual-visual, reproduzida através de gestos, expressões faciais e corporais, possuindo um alfabeto e estrutura linguística e gramatical própria. No país, cerca de 5% da população é surda e, parte dela usa a Libras como auxílio para comunicação. De acordo com dados do IBGE, esse número representa 10 milhões de pessoas, sendo que 2,7 milhões não ouvem nada.


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