Publicado por José Geraldo Magalhães em Última Edição - 06/07/2022 às 10:40:21

Concílio Geral aprova proposta de emancipação da Rema

Delegados e delegadas comemoram a emancipação da Rema para Nona Região Eclesiástica. Fotos: Rodrigo de Britos

Pr. José Geraldo Magalhães

Com 217 votos a favor, 33 contrários e 2 abstenções, os delegados e delegadas aprovaram a emancipação de parte da Região Missionária da Amazônia (Rema), ou seja, os Estados de Rondônia, Amazonas e Pará. Agora, a Rema é a Nona Região Eclesiástica. Já os Estados do Acre, Roraima e Amapá, ficarão sob a supervisão da COGEAM. Foi uma manhã de discussões, debates e testemunhos de pastores/as e missionários/as que apresentaram uma proposta de auto-sustento da região e, pediram o apoio do plenário para  à aprovação da proposta. Após o resultado, o plenário aplaudiu de pé. Foram 50 anos de espera até chegar a emancipação. O bispo Roberto Alves de Sousa, que presidia a sessão, pediu que o bispo João Carlos Lopes, que acompanha a área missionária da Igreja, orasse pelos pastores da Rema.

Proposta - "Queremos avançar e crescer", iniciou a pastora Elizângela Lima da Silva Hifran (Rema) que apresentou uma proposta substitutiva que se resume da seguinte forma: 

  1. Reestruturação da REMA em Região Eclesiástica abrangendo apenas os Estados de Rondônia, Amazonas e Pará, visando autonomia para se tornar uma nova Região Eclesiástica em tempo estabelecido por este CG;
  2. Criação de três (3) Campos Missionários Nacionais, formados pelos estados do Acre, Roraima e Amapá; sob a supervisão da COGEAM; conforme artigo 115 dos Cânones.

Quando o plenário entrou caderno de propostas, o presidente do conclave, bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa, iniciou  com a proposta I-7RE-04/13/001 que tem como tema vital as Regiões Missionárias. O pastor Emanuel Bezerra propôs que a Remne e Rema apresentassem primeiro as propostas para depois darem continuidade na discussão. Foi colocado em votação por aclamação e o plenário aprovou. A partir daí a proposta foi debatida esclarecida e votada. Tiveram opinões a favor e contra a proposta.

Debates - O bispo Fábio Cosme da Silva da Rema foi o primerio a usar o microfone. Estou esperançoso que vamos discutir missão. A missão acontece em todas as regiões e não somente nas regiões missionárias", disse o bispo Fábio apontando que no Concílio Geral é o fórum para discutir assuntos referentes a missão.

O bispo destacou os trabalhos dos bispos anteriores (Davi, Rosalino, Adolfo, Carlos Alberto). "São 50 anos de missão na Rema e não podemos esquecer de quem pagou o preço do trabalho lá atrás e quero agradecer a todos os missionários e missioárias da Rema", destacou o bispo Fábio passando a palavra para a pra. Elizângela Lima da Silva Hifran para explanar a proposta de emancipação. Em seguida o bispo Roberto Alves de Sousa assumiu a presidência.

O pastor Davis Roberto Daniel (6ªRE) levantou duas questões importantes a ser considerar. "A rema vai conseguir se auto sustentar com todos os custos? A partir da emancipação, as cotas missionárias vão parar de ser enviadas. 

A pastora Elizângela, destacou que isso já foi pensado. "Entendemos que seria o momento de avançarmos em algumas questões. somos gratos a todas as regiões que enviaram as cotas missionárias. Entendemos que precisamos de dar um passo de fé. A Coream e SD's tomaram a decisão de chamarmos nossas igrejas e pensarem no sustento de nossa região e bispo. As igrejas voluntariamente se prontificaram adar esse passo.

Auto-sustento - Bispo Fábio "inciamos um reajustes sério para nossas contas. Tínhamos 4 funcionários e temos dois. Não devemos um centavo para bancos e missionários/as. Não estamos apresentando algo na euforia e pressa. Sim, vamos continuar a reunindo nossa liderança e vamos continuar a fazendo tod sacrifício e não dependemos do dinheiro que vem da área geral", disse o bispo.

A pastora Laura da 3ª Região "Tenho os números financeiros, como todos aqui no plenário, e não temos como dar continuidade na missão, pois teremos tres campos missionários", disse.

Em relação aos três campos missionários em tres estados, colocamos que será responsabilidade de supervisão da Cogeam e daremos o suporte a mesma. Estamos próximos em uma raio de mil kilômetros. Estamos falando de algo muito sério. Temos o desejo de dar continuidade com essa proposta", destacou a pastora Elizangela.

O pastor Ednie Berteli é favorável a proposta. "Sabemos que as regiões missionárias não sairão daqui como chegaram. Estamsos decindo que um filho que já existe quer voar sozinho. Já estão trabalhando a região mínima. A Rema está se antecipando com essa proposta. Creio que esse é um meio de celebração", enfatizou o pastor Edinei.

A pastora Luciana Soares Rego da Rema fez uma reação a fala da pastora Laura Valentim que precisa enxugar nossas estruturas. "Começamos responsavelmente  a equalizar todas as questões finaceiras. Quando tivemos dificuldades com o subsídio do nosso bispo nós reagimos como Coream. A Rema é quase metade do território nacional e o estado que mais cresce é o estado de Rondônia. Entendemos que podemos caminhar com Rondônia, Amazonas e Pará. Estamos a esse Concílio que nos liberte e nos deixe avançar. Chamamos para nós essa responsabilidade.

O pastor Emanuel da Silva Bezerra da Remne comentou sobre as estruturas. "Converso bastante com o bispo Fabio. Umas dessas conversas foi dessa proposta. Perguntei ao bispo se o grupo está ciente dessa proposta para o Concílio e o bispo disse sim. Acredito que esse Concílio pode ouvir a Rema de uma forma muito especial. Que possamos ouvir o direcionamento da Rema para a Missão", finalizou.

Já o pastor Claudir Dutra da Rema reforçou à aprovação da proposta "A questão de enxugar a 'máquina' não tem a ver com a Rema e sim com aIgreja Metodista no Brasil. Nossa proposta de colocar a Rema como nona Região Eclesiástica é consequência. Se não tivermos condições não colocaríamos essa proposta", destacou.

Nessa mesma linha de pensamento de emancipação, o pastor Ronan Boechat (1ªRE), destacou que "Quero Louvar a Deus pelo seu nome porque eu vejofé e razão. Há uma integridade que eu estou vendo. Vocês apontaram que dão conta de uma parte e o restante será responsabilidade de das outras regiões. Podemos aprovar esse projeto e ter coragem para dar um passo de fé", enfatizou Boechat parabenizando ao bispo Fábio pela proposta.  

Esclarecimentos - O delegado Luiz Saparoli (3ª) pediu esclarecimentos. "Antes de aprovarmos a proposta, precisamos rever nossa estrutra porque hoje tem o bispo Fábio lá, mas amanhã, eu não sei. Não sou contrário, sou favorável, mas precisamos antes reformar nossa estrutura", disse Saparoli fazendo um encaminhamento para a mesa.

A pastora Elizângela reforçou que todos os pastores e pastoras foram ouvidos e ouvidas sobre essa emancipação, passando inclusive, pelo Concílio Regional."Queremos avançar e dar oportunidade a esses outros campos missionários também a avançarem. Entendemos que estamos em ordem para pedir porque é uma decisão conciliar e,a partir do momento que esse concílio aprovar, não vamos deixar, em nenhum momento, esses campos missionários. Entendemos que a missão nao pode parar", concluiu.

Já o pastor Alberto Saraiva Sampaio da (1ª RE), "Esse concílio está sendo marcado por muitas tensões até aqui. E louvo a Deus pela equipe que discutiu a proposta e glorificar a Deus pelo o que ele tem feito lá na Rema.O mar vai se abrir porque nós servimos ao Deus de Milagres", declarou.

Outra apoiadora par aa emancipação da Reme foi a pra Carla Tavares da 7ª Região. "Não poderia de falar aqui porque o bispo Carlos sonhou com esse projeto. E no último concílio tivemos que recuar por questões financeiras, mas quero parabenizar ao bispo Fábio que continuem avançando na Rema. É muito importante esse momento desse passo na Rema", disse a filha do bispo Carlos Alberto.

O presidente da CGCJ, Renato de Oliveira, fez alguns questionamentos que constam na proposta para ajudar nos esclarecimentos antes da votação. "Na proposta consta que temos 4 igrejas de auto-sustento nessa nova configuração, temos 6 em crescimento e 13 em desenvolvimento", disse.   

O pastor João Coimbra da Rema, testemunha o trabalho de fé e dedicação, sobre a vida de todos os pastores e pastoras e igrejas. Tods nós estamos pagando o preço. Desde o obreiro que irá assumir de tempo parcial sem ônus. Deixo a motivação à Igreja que continue investindo. Queremos ver os outros estados daqui a dez anos pedirem uma emancipação. Se Deus soprar um grande avivamento ele pode fazer 

O pastor Antonio Carlos Ferrarezi apontou sobre a responsabiliada de votar numa proposta levando algumas considerações. "Quero louvar a Deus por representar a 4ª RE. "Nosso Concílio é representativo e deliberativo. Isso nos dá poder para deliberar por todo o Brasil. Temos que pensar o que podemos deliberar sobre o outro sem ouvir o outro. Podemos correr o risco de poder liberar sob o nosso ponto de vista e não do outro. Me preocupo muito quando deliberamos sem ouvir o outro. Ouvimos o bispo Fábio e sua delegação, a menos que nos seja apresentado aimpossibilidade, devemos aprovar a proposta da Rema", enfatizou.

Votos - Após as discussões, o último inscrito, Pastor José Pontes Sobrinho, sugeriu um tempo de oração para que o plenário pudesse votar. Com 217 votos a favor, 33 contrários e 2 abstenções, os delegados e delegadas aprovaram a emancipação da Região Missionária da Amazônia (Rema) que vira a 9ª Região Eclesiástica.


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