
A Confedera??o Metodista de Homens esteve reunida na Sede Nacional da Igreja Metodista, em S?o Paulo, nos dias 15 a 17 de janeiro. Planejamentos e decis?es importantes foram tomadas, por exemplo, o apoio para o fim da viol?ncia contra a mulher.?Os presidentes das v?rias federa?es regionais, al?m do assessor designado pelo Col?gio Episcopal para acompanhar a Confedera??o, bispo Roberto Alves de Souza, participaram de momentos de comunh?o e frutifica??o. Em um dos momentos do encontro, o bispo Roberto leu e refletiu com o grupo sobre o texto de I Reis 2.2 “(…) Coragem, pois, e s? homem!”
Sua reflex?o nos lembrou de que ser homem n?o ? somente pertencer a um g?nero, mas ser ?ntegro, zelar pelo seu car?ter, por sua honra, por sua palavra, ser humilde reconhecendo suas fraquezas.?Foi pensando nessa palavra encorajadora que os homens chegaram ? conclus?o de como a Confedera??o pode agir de maneira relevante na sociedade, contribuindo, assim, para a constru??o de um mundo melhor.
“Entendemos que ? necess?rio envolvermo os homens na defesa da igualdade de g?nero”
A Confedera??o entendeu que uma das bandeiras que pode ser levantada nessa busca ? a da n?o viol?ncia contra a mulher. Defensor dos direitos de um povo desfavorecido, o pastor batista Martin Luther King dizia que “uma das coisas importantes da n?o viol?ncia ? que n?o busca destruir a pessoa, mas transform?-la”. Sob essa vis?o, a viol?ncia n?o ? criadora de coisa alguma, ela sempre ? destruidora, mesmo quando sua justificativa se apresenta leg?tima.?No ano que terminou, as estat?sticas sobre a viol?ncia contra a mulher revelaram que esse ? um s?rio problema social que vivemos no Brasil; tomamos conhecimento de que, a cada dois minutos, cinco mulheres s?o v?timas de viol?ncia dom?stica e, a cada uma hora e meia, uma mulher ? assassinada. Na maioria dos casos o agressor ? seu companheiro ou ex-companheiro.
Ser uma pessoa melhor, fazer parte de uma igreja relevante implica em posicionamento que n?o admite omiss?o. Nessa esteira, sabendo que o sil?ncio ? c?mplice da viol?ncia, n?o concordando com a viol?ncia, menos ainda admitindo ser c?mplice dela, a Confedera??o Metodista de Homens vem neste momento se posicionar a favor do fim da viol?ncia contra a mulher.
A B?blia nos ensina que o Esp?rito Santo nos ungiu para pregarmos liberta??o, para nos opormos ?s for?as da morte e da destrui??o. For?as essas que nos fazem crer que “em briga de marido e mulher, n?o se mete a colher”, esse conceito n?o ? crist?o, viol?ncia dom?stica ? problema nosso, sim.
Uma pessoa, homem ou mulher, n?o ? posse, n?o ? propriedade de ningu?m, merece ser amada, ser respeitada e, neste momento social em que a mulher ? t?o violentamente atacada, precisamos iniciar um processo de desconstru??o dessa realidade. Entendemos que ? necess?rio envolvermos os homens na defesa da igualdade de g?nero, precisamos levantar a bandeira da n?o viol?ncia contra a mulher, defendermos um relacionamento conjugal sadio, cobrarmos da Igreja Metodista que estamos construindo que seja relevante nesse aspecto.?Finalizamos propondo ?s Confedera?es de Mulheres, Jovens e Juvenis que este ano de 2016 seja marcado por nossa unidade em favor da fam?lia, nos opondo efetivamente ? viol?ncia dom?stica e ?s for?as da destrui??o, levando para dentro de nossas igrejas o enfrentamento dessa quest?o mostrando ao mundo que servimos ao Deus da vida.
Viol?ncia dom?stica
Cresceu 56%, em 2015, o n?mero de den?ncias de viol?ncia dom?stica no 180, Central de Atendimento ? Mulher. Jacira Melo, do Instituto Patr?cia Galv?o, explica que as mulheres hoje est?o entendendo que a viol?ncia ? injusta e por isso buscam mais ajuda. Segundo Cristina Pechtoll, Secret?ria Adjunta e Diretora de Enfrentamento ? Viol?ncia Contra as Mulheres e Equidade de G?nero, “est? sendo tirada debaixo do tapete uma problem?tica que sempre foi escondida”.
Com a cria??o da Lei Maria da Penha, em 2006, houve o aumento da divulga??o de equipamentos que encorajam e asseguram a den?ncia: “as mulheres agora t?m instrumentos que v?o auxili?-las a sair da situa???o de viol?ncia”, afirma Cristina. Um desses equipamentos, na cidade de Santo Andr?/SP, ? o Vem Maria, que disponibiliza assist?ncia psicol?gica, financeira e jur?dica para v?timas de viol?ncia, como explica a psic?loga Renata Lessa.
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