A f? da ci?ncia consiste em acreditar em si mesmo/a e em sua capacidade para descobrir a verdade. Contudo, a ci?ncia se v? limitada por perguntas que n?o t?m respostas e at? mesmo por suas suposi?es que se modificam com o tempo. Quando a ci?ncia reconhece a f? em Deus, sabendo que seus experimentos, teorias e achados ser?o fruto de algo muito superior, ent?o consegue superar seus conceitos e objetivos em busca de coisas muito maiores que ela mesma.
A ci?ncia da f? se baseia na busca do conhecimento que alimenta a esperan?a, pois ?a f? vem pelo ouvir? (Rm 10.17). Jesus mandou examinar as escrituras (Jo 5.39) e o Esp?rito Santo, que nos lembra das palavras de Jesus, nos ?ensinar? todas as coisas? (Jo 14.26). Desse modo, somos convocados/as a uma f? inteligente, uma busca pelo ?culto racional? (Rm 12.1), onde devemos crescer e amadurecer no desenvolvimento da salva??o atrav?s da f? (Fl 2.12).?Quanto ? rela??o entre a f? e a ci?ncia, n?o ? preciso haver conflito entre elas, mas tamb?m n?o ? poss?vel um casamento entre ambas, pois seria como um jugo desigual. A ci?ncia n?o pode explicar a f?, pois esta n?o depende da raz?o, principal ferramenta de pesquisa cient?fica. A f? tamb?m n?o deve se contrapor ? ci?ncia, porque esta presta servi?o ?til ? humanidade. Qual seria ent?o a rela??o entre ambas? Estariam totalmente separadas? Pode haver um di?logo entre as duas sem oposi??o, contudo alguns conflitos s?o inevit?veis.
Quais s?o as diferen?as b?sicas entre f? e ci?ncia? A f? ? aut?noma, n?o precisando de nada nem de ningu?m para comprovar sua efic?cia, al?m de si mesma com seus efeitos poderosos. J? a ci?ncia precisa de fatos, argumentos e experimentos, estando limitada pelo tempo, recursos e conhecimento dispon?vel. A f? se baseia na certeza daquilo que n?o vemos e a ci?ncia se alimenta da d?vida.?A ci?ncia constata fatos experiment?veis e ent?o formula teorias a respeito de suas descobertas. J? a f? experimenta o que ? invis?vel e que ainda n?o aconteceu, mas que atrav?s do ato de crer se torna poss?vel (Hb 11.1). Enquanto a ci?ncia procura provas, a f? realiza o improv?vel. Talvez seja por isso que Paulo disse que a f? ? considerada loucura para o mundo (I Co 1.20-25).
N?o foi ? toa que o ap?stolo Paulo, sendo um homem culto, preparado para refutar fil?sofos (Cl 2.8), hereges (I Co 11.19), religiosos fan?ticos (Fl 3.5), id?latras e m?sticos da ?poca, afirmou que sua sabedoria n?o estava firmada em conhecimento humano, e sim no poder de Deus (I Co 4.20). Tamb?m orientou seu jovem disc?pulo Tim?teo para ter ?horror aos clamores v?os e profanos, e ?s oposi?es da falsamente chamada ci?ncia? (I Tm 6.20). Paulo estava atento a muitos argumentos considerados cient?ficos, contudo sem base na pr?pria ci?ncia, apoiados em filosofias ou preconceitos.
Mesmo que haja cientistas que se ocupem em contradizer a f? e te?logos/as preocupados/as em desmentir a ci?ncia, hoje vivemos um tempo mais equilibrado. Tanto os/as cientistas aprenderam a respeitar a f?, al?m de tamb?m crer, como os/as religiosos/as passaram a n?o se importar tanto com os questionamentos cient?ficos como se fossem inimigos da f?. No meio crist?o, esse amadurecimento revela que tudo no que cremos n?o depende de nada al?m da pr?pria f? e das Escrituras.?O grande desafio para n?s crist?os/?s, hoje, n?o ? desmascarar a ci?ncia, nem mesmo us?-la para comprovar nossa f?. Devemos, acima de tudo, manifestar o amor, pois, como Jo?o Wesley preferia citar, ?a f? que atua pelo amor? (Gl 5.6), o amor ? a maior for?a que temos para demonstrar nossa f?.
Pr. Welfany Nolasco Rodrigues |?Igreja Metodista em Varginha/MG -?4? Regi?o Eclesi?stica
