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Hagar: em casa e na rua

2016_06_deserto_mulher

Sugest?o de leitura: G?nesis 16.1-15 e 21.1-21

Datas como o dia internacional da luta contra a discrimina??o racial (3/7), o dia internacional de Nelson Mandela (18/7) e o dia internacional da mulher negra latino-americana e caribenha (25/7) nos convocam ? celebra??o, ? reflex?o e ao engajamento. O metodista, ativista revolucion?rio e ex-presidente da ?frica do Sul (1994-1999) nos deixou o legado de uma espiritualidade em que f? vital e pol?tica devem caminhar juntas.

A prop?sito, o Mandeladay nos convida ? pr?tica das obras de piedade e de miseric?rdia. Numa releitura de G?nesis 16 e 21, a mem?ria de Hagar quer nos seduzir a pensar o problema da discrimina??o tanto no privado quanto no p?blico. Vamos conferir?

Hagar em casa

Quando olhamos para dentro da Beit (casa) de Abr?o e Sarai, vemos arranjos relacionais potencialmente insalubres.

Fragilidades apresentadas no texto:

? Apesar da naturaliza??o imposta pela cultura da ?poca, se fosse hoje, o Pai da F? poderia ser acusado de ass?dio sexual em rela??o a uma mulher negra, estrangeira e escrava em sua casa.

? As rela?es de poder: Sarai oferece Hagar sexualmente a Abr?o, e Hagar, uma vez gr?vida, passa a desprezar a Sinh?.

? A rela??o entre ama e escrava se agrava, o patriarca lava as m?os e a escrava foge da Casa Grande. Mas a pena de quem escreve a narrativa n?o permite a Hagar organizar um quilombo.

? A vida continua em fam?lia entre o Dono Abr?o e suas duas mulheres. Ismael cresce e Isac nasce. Na festa do desmame na Casa Grande, Hagar n?o ? bem-vinda. Apesar disso, os meninos se tornam amigos. Mas como em briga de adultos/as as crian?as sempre saem perdendo…

Hagar na rua

A exclus?o de Hagar e Ismael significou a nega??o da b?n??o e do espa?o; da vez e da voz; da letra e do p?o. Ap?s oferecer ? m?e do seu filho um odre de ?gua e um naco de p?o, na calada da noite, Abr?o os despede sozinhos. Isso ? l? pens?o aliment?cia digna? A prop?sito, o que os/as negros/as escravizados/as receberam para a sua sobreviv?ncia ap?s a aboli??o da escravatura em 1888 no Brasil?

Fragilidades das pol?ticas p?blicas em Abr?o:

? No Brasil, as Pol?ticas n?o s?o de Estado. S?o de coron?is, patriarcas. Os recursos destinados para as necessidades gritantes da sociedade t?m sido sempre a medida do odre abr?mico, e essa vergonha pol?tica mant?m a ciranda da mis?ria, pois a ?gua acaba, assim como o sal?rio m?nimo, em tempos de governo Temer?rio.

? Os impactos sociais de tais pol?ticas s?o letais e come?am gerando um sentimento de impot?ncia nos trabalhadores e trabalhadoras. Sem recursos, Hagar se nega a ver o filho morrer de fome; vira-se e chora um luto antecipado. Quem s?o os/as respons?veis pela morte das pessoas negras no Brasil?

Considera?es finais

Que neste m?s as nossas institui?es de ensino, pastorais universit?rias e igrejas locais retornem ? leitura b?blica, descobrindo a vida na B?blia, para aplicar a B?blia na vida e cumprir a vontade do Deus da Vida! Gn 16.1-15 e 21.1-21 Hagar n?o tinha ningu?m por ela a n?o ser um anjo de Deus. A prop?sito, as nossas igrejas t?m sido anjos?

Pontos fortes do texto lido:



? Deus n?o abandona o que o homem abandonou: Logo, a Igreja ? convidada a participar da miss?o de Deus no resgate da dignidade das pessoas.

? Deus abre os olhos de Hagar e salva o seu filho: A ignor?ncia da exist?ncia do mal da discrimina??o ? a causa de sua manuten??o.

? Hagar ? levantada, erguida. H? muitas mulheres prostradas, encurvadas e obliteradas precisando de uma a??o de Gra?a. As Palavras Sagradas n?o devem servir para oprimir ningu?m.

 

Escrito por Jos? Roberto Alves Loiola | Pastor Metodista no Recanto das Emas/DF

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