
Foto: ONG Rio de Paz
Durante o encerramento das Olimp?adas Rio 2016, a ONG Rio de Paz foi impedida de realizar um protesto pac?fico em Copacabana, onde j? realizam interven?es sem restri??o desde o ano de 2007.?A a??o questionava qual era o legado que o evento?deixaria para as pessoas mais pobres da cidade.
“Pela primeira vez na hist?ria do Rio de Paz, que realiza manifesta?es p?blicas desde 2007 nas areias da praia de Copacabana, fomos impedidos de organizar um ato p?blico. A Guarda Municipal destruiu seis barracos que hav?amos constru?do, que simbolizam a realidade do cotidiano das favelas cariocas”, afirmou a organiza??o em sua p?gina oficial.
A Guarda Municipal do Rio de Janeiro alegou que retirou a estrutura montada pela ONG coordenada por Antonio Carlos Costa, pastor na Igreja Presbiteriana da Barra da Tijuca, com a alega??o de permitir a manifesta??o, por?m n?o a estrutura.
O inspetor Brum, respons?vel pela opera??o da Guarda Municipal, afirmou em entrevista para Ag?ncia Brasil que a retirada aconteceu com base na proibi??o de montar qualquer estrutura na praia, mas sem proibir a manifesta??o. O coordenador da ONG discorda, informando que j? construiu estruturas outras?vezes a cidade?sem nenhuma interven??o das autoridades.
A manifesta??o foi anunciada com anteced?ncia na p?gina oficial do organizador, informando os seguintes objetivos do ato p?blico:
1. Ressaltar o fato de que o legado dos Jogos de 2016 n?o atendeu ?s principais necessidades das favelas do Rio de Janeiro, cujos moradores t?m como prioridade: moradia, saneamento, hospital, escola, qualifica??o profissional, emprego, creche, seguran?a p?blica.
2. Pautar as pr?ximas elei?es para prefeito. Todos os candidatos deveriam apresentar suas metas e cronograma, revelando de modo objetivo o que tencionam fazer para melhorar as condi?es de vida dos que vivem na mis?ria.
O an?ncio explicava ainda os motivos da organiza??o agendar?o ato?para o pen?ltimo dia dos jogos. “Entend?amos que a n?s nos cabia torcer pelo sucesso do mais importante evento esportivo da hist?ria da cidade, apesar de deplorarmos a falta de legado que atendesse ?s principais necessidades do pobre”, afirma. Leia abaixo a nota publicada pela?organiza??o no domingo:

“Durante a retirada do material, os manifestantes se sentaram atr?s de uma faixa colocada ao lado do cal?ad?o. Com punhos amarrados e bocas amorda?adas por fita adesiva preta, eles criticaram a censura e a repress?o ao ato na praia”, informou Akemi Nitahara, rep?rter da Ag?ncia Brasil.
No Facebook o grupo ainda afirma que exigir? que o pr?ximo prefeito assuma o compromisso “ol?mpico” de levar dignidade de vida para as favelas do Rio de Janeiro.
Antonio Carlos Costa ser? um dos palestrantes da Feira Flic, em setembro, e tamb?m estar? presente no Encontr?o de Jovens da Igreja Metodista, em novembro. Confira.
Escrito por Sara de Paula
Com informa?es da Ag?ncia Brasil