Publicado por José Geraldo Magalhães em Última Edição - 09/07/2022 às 21:39:52

21CG reprova revogação da obrigatoriedade de nomeação pastoral

Planária do 21º Concílio Geral. Foto: Rodrigo de Britos

O 21º Concílio Geral da Igreja Metodista reunido em Sorocaba, também discutiu a respeito do ministério pastoral. O tema da proposta (IV- 3RE-19/34/054) aponta para a revogação da obrigatoriedade de nomeação para presbíteros, presbíteras, pastores e pastoras. A proposta traz a seguinte redação: "(...) Como membro da Igreja Metodista, observo a dificuldade de nomeação episcopal referente a pastores e pastoras, que não tem perfil para o exercício da profissão e as comunidades sofrem nesta direção, já que este exercício de nomeação é canônico e obrigatório (...)". Após vários debates, a proposta foi reprovada por 143 votos, 97 favoráveis e 3 delegados/as se abstveram.

Debates -  Houve vários inscritos para debater a matéria. Dentre eles, a Andressa Rélica Leite Rocha Oliveira Ramos, fez uma crítica à proposta. "Faço uma crítica a proposta quabndo diz aqui 'quando não tem perfil para a profissão'. Se tem alguém usando o exercício pastoral, essa responsabilidade cabe a todos nós. Nós a recomendamos a pessoa para o pov, faculdade de teologia e depois período probatório. Será que em todas essas instâncias nós não percebenos se a pessoa tem ou não vocação. Deixa aqui a refelxão", destacou Andressa.

Luiz Alceu Zaparolli, relatou o testemunho da filha dela antes de voltar para a igreja. "A pessoa se preparou como todos e não continua com o cuidado. Hoje o mundo mudou. Os pastores e pastoras que nãpo se capacitam, normalmente tem problema. Qual minha relação com meu líder? O resultado é não deixar o templo vazio. Em contrapartida vimos outras igrejas crescendo. os juvenis, por exemplo, não encontram espaço ns igrejas. Aí a vida dele continua, arruma um emprego, já se estabilizou financeiramente e como vamos trazê-lo de volta. Precisamos olhar para as dificuldades também", disse Zaparroli.

O pastor Davis Roberto Daniel argumentou "que não dá para comparar uma igreja com uma empresa. Qual o instrumento para tirar um membro da Igreja que não dá fruto? Outra coisa que .precisamos regulamentar, é como vamos tirar os bispos infrutíferos da Igreja? Se um presbítero pode ser cassado dessa maneira, temos que trabalhaar dessa forma em todas as instâncias. Se não se aplica a regulamentação, o problema é daquela igreja, daquela região. Se for votar para tirar pastor infrutífero, temos que rever matérias para tirar bispos e membros também", argumentou.

Para o pastor Tiago de Almeida Valentim a proposta vem para legitimar a autoridade do bispo. Sempre ouvi dizer no último ano da Facudade de Teologia, não haveria nomeação. E todos foram nomeados. Quem tem vocação, não fica sem nomeação", destacou.

O bispo Deonísio Agnelo dos Santos desabafou. "Eu tenho vergonha de estarmos discutindo essa proposta. Eu fui para o Campo Missionário e não tinha nem o segundo Grau. Depois eu fui nomeado para Porto Velho. Deixei minha oficina para ir para o campo missionário. Em um ano nossa igreja ficou autônoma. Quanto eu ui para o campo tínhamos 5 igrejas lá. Precisamos rever os critérios. Colocamos muita coisa nas costas de nossos bispos  e bispas e estamos sendo deixados de ser pastoreados e pastoreadas", disse emocionado.

Após vários debates o bispo colocou a proposta em votação por escrutínio com reprovação de 143 votos, 97 favoráveis e 3 delegados/as se abstveram.


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