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Expositor Cristão, 130 anos!

Imagem com o logo e redes sociais do jornal, comemorando 130 anos de exist?ncia

? muita hist?ria para contar! S?o 1.590 exemplares completados nesta edi??o, que comemora os 130 anos do jornal. Nada mais justo que homenagear nossos/as leitores/as que s?o respons?veis pelo jornal ser reconhecido em 2015 como o melhor jornal crist?o do Brasil. A personagem desta edi??o ? uma senhora de 85 anos. Ela recomenda que todas as pessoas possam ler o jornal. Dona Malvina Jos? Gama Leite ? natural do interior de S?o Paulo, Gar?a. Casou-se jovem, aos 19 anos, n?o tem forma??o acad?mica, mas basta sentar ao lado dela para se encher de conhecimento.

Expositor Crist?o: Conte-me um pouco de sua hist?ria, dona Malvina.

Dona Malvina: Est? com tempo? (Risos). Nasci na Igreja Metodista; minha m?e j? era metodista. Conheci os mission?rios americanos na minha adolesc?ncia, alguns deles foram nossos pastores quando vieram ao Brasil. Eu fiquei em Gar?a at? os 19 anos. A? eu casei e fui para Corn?lio Proc?pio, no Paran?. Eu andei igual a pastor, n?o era, mas andei igual. Meu marido era irm?o de pastor. Ficamos l? uns dez anos, onde eu tive todos os meus filhos. S? o Wesley que nasceu em Gar?a, porque eu voltei para ter ele.

EC: Quando a senhora come?ou a ler o Expositor Crist?o?

Dona Malvina: O ensino de antigamente era melhor, pois em um ano e meio eu aprendi a ler e a escrever. S? fiz o prim?rio, fiz o primeiro ano todo, e quando foi em agosto minha m?e teve problemas e eu tive que sair para cuidar dela. Nunca mais voltei ? escola. N?o me lembro de quando comecei a ler o jornal, mas j? faz muito tempo… Eu pegava com os pastores, porque s? eles tinham o jornal. Se ? not?cia metodista, toda a Igreja precisa saber. Naquele tempo era assinatura e n?o era todo mundo que assinava, porque as pessoas eram mais pobres que hoje. Eu gosto muito de saber o que acontece em minha Igreja. O jornal me ajuda muito. Eu s? aprendi a ler e escrever. O resto foi para trabalhar. At? os 12 anos eu trabalhei na ro?a.

?N?o me lembro de quando comecei a ler o jornal, mas j? faz muito tempo… Eu pegava com os pastores, porque s? eles tinham o jornal. Se ? not?cia metodista, toda a Igreja precisa saber?

-?Dona Malvina Jos? Gama

Dona Malvina lendo o Expositor Crist?oEC: A Igreja Metodista em Suzano come?ou na casa da senhora?

Dona Malvina: Foi na minha casa que tudo come?ou em 2 de abril de 1961, quando inauguramos a Igreja Metodista em Suzano. Foi uma coisa mandada por Deus, minha m?e foi analfabeta a vida inteira, mas era muito brava. Era italiana. Minha nona eu n?o conheci, mas meu nono sim. Ele veio da It?lia no tempo da guerra, mais ou menos em 1900, n?o sabemos com precis?o quando veio. Ele trabalhou em Juiz de Fora/MG, na planta??o de caf?, depois comprou uma fazenda em Gar?a, onde nasceu a filharada toda. Minha m?e cuidou dos filhos ali, na maior dureza, sem deixar a gente faltar ? Igreja. Quando eu comecei a ir ? Igreja, j? andando, a gente ia de chinelo, ou descal?o, deixava o cal?ado embaixo do p? de caf?, e colocava o sapato para entrar na Igreja; l? ? um lugar de respeito.

EC: Mas a senhora acha que hoje, com a distribui??o gratuita do jornal, ? melhor?

Dona Malvina: (Risos) Voc? acha que cobrado ? melhor do que de gra?a? Mas eu n?o sei se todos leem. Hoje n?o tenho tanto contato com o povo, antes eu tinha muitos pastores na fam?lia, ent?o a gente lia e ia passando o jornal para as outras pessoas. Por muito tempo, parece que nem tinha Expositor Crist?o, os pastores n?o passavam para os membros. Eu que sempre fui intrometida e pedia.

EC: Se compararmos ao tempo de hoje, parece que antigamente havia mais paix?o mission?ria?

Dona Malvina: ?s vezes vou para a Igreja e fico me perguntando por que eles n?o fazem isso ou aquilo. Minha filha diz que estamos em outro tempo, hoje n?o d? para fazer isso. O povo trabalha muito mais horas, muito mais tempo. E naquele tempo tinha muita fazenda. Quando acabaram as fazendas, havia muitos colonos e muitas Igrejas nas fazendas. Me lembro que existiam muitas igrejinhas. Os pastores daquela ?poca iam ?s fazendas. O pai do Wesley, Osvaldo de Souza, que ? tesoureiro da Terceira Regi?o, foi meu pastor duas vezes, em Maring? e em Gar?a. Ele ainda brincava conosco, ?quando a gente chega ? casa de um membro, os franguinhos correm para o galinheiro?, porque era frango que eles comiam, o povo j? corria para a cozinha fazer um frango, porque sabiam que os pastores gostavam de visitar e cuidar.

EC: O que mais lhe entristece?

Dona Malvina: Ver a Igreja parada. Algumas pessoas querem fazer ?oba-oba? igual muitas por a?. Imagina se a Igreja Metodista virar essa bagun?a? N?s faz?amos teatros, festas de natal muito grandes. Ensai?vamos dois meses antes. E existia livros com pe?as para comprarmos. Eu leio o jornal para n?o ficar t?o triste. Leio sobre as coisas que est?o acontecendo no Brasil todo. Primeiro eu leio de quem eu conhe?o, porque eu acredito naquilo que aquela pessoa est? escrevendo, sei como ? a vida dela; depois leio as outras reportagens.

EC: A senhora ? desconfiada, dona Malvina?

Dona Malvina: L?gico que eu sou. Como o papel aceita tudo que se escreve, qualquer pessoa pode dizer o que quiser. E como tem gente que faz isso! Ah, se tem! Eu gosto de ler para saber como est? a nossa Igreja. Levo o jornal para os meus filhos que est?o em Suzano porque sei que eles v?o ler, afinal, j? aposentaram e est?o com tempo. Meus irm?os que moram l? n?o frequentam mais a Igreja. Eles n?o resistiram igual a mim e meus filhos. T?m muitas pessoas que s?o metodistas s? de nome. Os novos pastores tamb?m est?o entrando nessa. Eu converso com meus filhos, ?ser? que a Faculdade de Teologia n?o ensina os pastores novos a pastorear??. Na minha ?burrice? eu acho que eles est?o mal preparados.

EC: A senhora se arrepende de alguma coisa?

Dona Malvina: N?o, n?o me arrependo de nada n?o. Muitas coisas precisam ser mudadas, h? muita m? administra??o. Mas quem pode mudar isso tudo? Me parece que agora os bispos est?o na vis?o. Muitos pastores v?o ao encontro com Deus. Agora eu me pergunto, precisa de um lugar para encontrar com Deus? A Igreja tem outra coisa que n?o me agrada: ? essa correria para ser bispo/a. A organiza??o tem muitas falhas, mas mesmo assim, Deus age na vida das pessoas. Ainda creio que nossa Igreja ? a melhor para se congregar e a melhor em termos de organiza??o.

EC: O bispo Nelson diz na edi??o de dezembro que precisamos de um Conc?lio Doutrin?rio.

Dona Malvina: Claro que precisamos, por isso que gosto de ler os textos que o bispo Nelson escreve. Exatamente para responder a esses movimentos em que a Igreja tem se envolvido. Eu falo para todo mundo que eles precisam ler o jornal para ficar sabendo o que est? acontecendo na Igreja, pois a gente precisa saber e conhecer o lugar onde est? frequentando.

CLIQUE AQUI e leia todas as edi?es anteriores do Expositor Crist?o, com download gratuito!

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