Uma como??o nacional tomou conta da Argentina depois do violento assassinato de Luc?a P?rez, uma adolescente de 16 anos que foi violentada em Mar Del Plata no dia 8 de outubro. Surgiu ent?o nas ?ltimas semanas a movimenta??o nas ruas e nas redes sociais que levam a hashtag #NiUnaMenos ou #NenhumaAMenos, em portugu?s, pedindo o fim da da morte de mulheres em decorr?ncia de seu g?nero.
Viol?ncia de g?nero acontece quando uma mulher sofre viol?ncia f?sica ou psicol?gica por ser mulher. O feminic?dio ? o ?ltimo grau de viol?ncia contra a mulher.?A milit?ncia feminina no pa?s ? presente na busca de pol?ticas p?blicas pela mulher, buscando o fim do feminic?dio que apresenta altos n?veis. A cidade de Buenos Aires registrou 98 casos de mulheres assassinadas por seus parceiros apenas em 2015, o que comprova a presen?a de uma cultura de viol?ncia contra??ser combatida.
Com o apoio de milhares de pessoas, inclusive de outros pa?ses da Am?rica Latina e do mundo, os movimentos sociais e ativistas realizaram um protesto em forma de?greve simb?lica, entre as 13h e 14h ontem (19), pelo fim da viol?ncia de g?nero, feminic?dio e discrimina??o contra a mulher no mercado de trabalho. Segundo a ag?ncia EBC,?uma multid?o vestida de preto reuniu-se em frente ao Obelisco ? cart?o-postal de Buenos Aires ? e marcharam com guarda-chuvas ate a Pra?a de Maio, em frente ao pal?cio presidencial.? A manifesta??o, convocada pelas redes sociais, ? a terceira contra o femenicidio feita na Argentina.
#NiUnaMenos Acompa?aremos desde el lugar que ellas nos digan, por Enzo Maqueira https://t.co/LYMBFh3Z57 pic.twitter.com/yTX3lF4RjM
— Clar?n.com (@clarincom) 19 de outubro de 2016
Depois do primeiro protesto #NiUnaMenos, que aconteceu em junho de 2015, o governo da Argentina lan?ou o plano de g?nero para combate do feminic?dio, um projeto que visa a constru??o de 30 ref?gios para mulheres que?oferecer?o suporte para elas e seus filhos, quando correrem risco de vida. O sistema ainda oferece suporte telef?nico e pulseiras eletr?nicas para avisarem sobre o perigo.
A Igreja Metodista na Argentina atendeu a convoca??o para os protestos de ontem (19), publicando um dia antes do evento em seu site oficial um manifesto de apoio que pede o despertamento da igreja na luta pelo fim da viol?ncia contra a mulher. O texto assinado pelo Pastor Frank de Nully Brown,?bispo da IM argentina, ? objetivo a ressaltar que “n?o temos feito o suficiente nos nossos espa?os para eliminar a cultura patriarcal que outorga ao homem o poder na vida da mulher”. Leia abaixo:
A Igreja Evang?lica Metodista Argentina adere?a convoca??o NENHUMA?A MENOS do dia 19 de outubro em defesa da vida de todas as mulheres.
A realidade dos feminic?dios e as alarmantes informa?es que recebemos sobre a morte de jovens inocentes, chamam todos os crist?os e crist?s a pedirem perd?o quando n?o temos feito o suficiente nos nossos espa?os parar eliminar a cultura patriarcal que outorga ao homem o poder na vida da mulher.
? hora de trabalhar para transformar esta realidade desagrad?vel, refletindo, orando e atuando na busca de uma sociedade mais justa e respeitosa na conviv?ncia da paz (sem viol?ncia).?
Clique aqui para ler o manifesto publicado no site oficial da igreja.
Clique aqui para baixar o documento original em PDF.
A Igreja Metodista no Brasil tem lutado pelo fim da viol?ncia contra a mulher promovendo a campanha internacional #QuintaFeiraUsoPreto. Hoje, representantes das sociedades de mulheres, cl?rigos, leigos e simpatizantes da campanha se vestem de preto para conscientizar sobre o problema no pa?s e no mundo. Leia mais sobre a campanha aqui.?Hoje, crist?os e crist?s permanecem vestido de preto por nenhuma mulher a menos.
Escrito por Sara de Paula
Rep?rter EC