Publicado por Redação em Notícia, Banner - 10/11/2016 às 09:57:19

A responsabilidade da igreja na luta pelo fim do feminicídio



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A Agência Patrícia Galvão divulgou na segunda-feira (7) o Dossiê sobre Feminicídio no Brasil. Os números alarmantes do documento legitimam a necessidade de organizações da sociedade civil, incluindo igrejas, assumirem a responsabilidade de lutar por questões como o fim da invisibilidade de violência contra mulher. Com a hashtag #InvisibilidadeMata, a organização lança junto com o dossiê um chamado para divulgação do documento na imprensa.


 




Todo material está disponível no site www.agenciapatriciagalvao.org.br/dossies/feminicidio/ e organizado de uma forma dinâmica que responde à perguntas frequentes sobre o problema. "O que é feminicídio?", "Por que as taxas brasileiras são alarmantes" e "Como e por que morrem mulheres" são algumas das dúvidas esclarecidas de forma objetiva com o material.



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A plataforma é alimentada ainda com pesquisas, legislação sobre o feminicídio na América Latina e oferece uma biblioteca de infográficos que trazem dados reais como no exemplo abaixo, no cronômetro da violência.






 

Com um trabalho de profundidade, a agência destaca também como os níveis de violência crescem quando olhamos para mulheres negras. Por isso um dos infográficos é destinado especificamente para explicar o dado.



Uma luta da igreja
- A Igreja Metodista (IM) no Brasil por meio da Confederação Metodista de Mulheres (CMM), vem fortalecendo a luta pelo fim da violência contra a mulher. Esse ano, a instituição passou a promover no Brasil a campanha internacional Quinta-feira Uso Preto, um protesto silencioso que busca conscientizar homens e mulheres sobre o problema no país e capacitar os envolvidos com a campanha para acolher as vítimas de todo tipo de violência.
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As Federações e Sociedades de mulheres promovem encontros periódicos e esse ano o tema esteve presente em grande parte deles, começando pela Capacitação de Mulheres Metodistas, que aconteceu na Faculdade de Teologia Metodista, em São Bernardo do Campo (SP) no início de junho. Na ocasião, líderes de Federações demonstraram não só conhecimento, mas compromisso com o tema. “Não adianta fingir que o problema não existe”, dissse Magali Araújo, presidente da Federação de Mulheres na 8ª Região. “Existe violência contra a mulher? Vamos trabalhar! De que forma? Vamos discutir e nos manifestar. Quanto mais o assunto é discutido, mais as pessoas enfrentam a realidade de uma forma coerente”, destacou Magali. Leia a matéria do encontro na íntegra.
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No ano de 2016, a Confederação Metodista de Homens também se posicionou oficialmente por um compromisso de todos e todas nas igrejas locais. O Expositor Cristão publicou a matéria na edição de fevereiro.

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"Uma pessoa, homem ou mulher, não é posse, não é propriedade de ninguém, merece ser amada, ser respeitada e, neste momento social em que a mulher é tão violentamente atacada, precisamos iniciar um processo de desconstrução dessa realidade. Entendemos que é necessário envolvermos os homens na defesa da igualdade de gênero, precisamos levantar a bandeira da não violência contra a mulher, defendermos um relacionamento conjugal sadio, cobrarmos da Igreja Metodista que estamos construindo que seja relevante nesse aspecto.", afirma o texto. Leia na íntegra aqui.


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A mobilização de mulheres metodistas não acontece apenas no Brasil. A Igreja Metodista da Argentina foi uma das apoiadores dos protestos recentes que aconteceram na América Latina, convocados pelas redes sociais sob o tema "Ni Una a Menos" ou "Nenhuma a menos" em português.

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A IM argentina publicou um dia antes do evento em seu site oficial, o manifesto de apoio que pedia o despertamento da igreja na luta pelo fim da violência contra a mulher. O texto assinado pelo Bispo Frank de Nully Brown foi objetivo ao ressaltar que “não temos feito o suficiente nos nossos espaços para eliminar a cultura patriarcal que outorga ao homem o poder na vida da mulher”. Leia na íntegra.

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Hoje, quinta-feira, mais uma vez é dia da campanha "Quinta-feira Uso Preto". Para apoiar publique uma foto sua nas redes sociais com a hashtag #QuintaFeiraUsoPreto e #ThursdaysInBlack. Conheça a campanha: http://bit.ly/quintafeirausopreto


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Confira também o vídeo de divulgação do Dossiê abaixo, que traz algumas das mais relevantes informações que o documento aborda.

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Escrito por Sara de Paula

Repórter EC

Tags: quinta-feira-uso-preto


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